Depois de alguns anos com uma leve melhoria nas notas avaliadas e criadas pelo próprio governo, agora temos uma queda na nota dos alunos de São Paulo. O problema é que, durante todo este tempo o avanço foi apenas nas casas decimais, para uma média perto de 4,00.
Tem-se uma visão de que as coisas estão melhorando, por um avanço questionável, numa nota insatisfatória. Por alguma razão inexplicável, tem sido considerado com nota boa a média atingida no Estado. Pra quem tem um mínimo de vivência, sabe que a educação está em frangalhos. Professores extremamente insatisfeitos, baixos salários, estrutura precária, etc.
Ao longo de 20 anos, tivemos um governo que simplesmente negligenciou toda a educação no Estado. Os salários diminuíram drasticamente, a reprovação deixou de existir, e quem não tem condições de acompanhar o nível das séries seguintes, está sendo aprovado, e tendo seu rendimento cada dia mais nulo.
Mas o que me surpreende não é o fato de termos esta situação persistindo. O que me surpreende é que a população de São Paulo continua querendo estes mesmos seres no poder. Geraldo Alckimin foi reeleito em primeiro turno, num momento em que o índice de assassinatos sobe bastante, o nível de educação atinge os números mais baixos de sua história, o presidente da Assembléia Legislativa é acusado de corrupção, questiona-se abertamente as privatizações (inclusive com membros do partido se colocando contrários a ela). Além disso, temos os governos de esquerda atingindo ótimos níveis de popularidade no país.
Mesmo assim, os tucanos parecem reinar em São Paulo. O povo paulista se recusa a mudar. Os resultados são péssimos, cada vez mais taxas a se pagar, cada vez mais coisas vendidas a preço de banana, cada dia mais gente sabendo menos, e mesmo assim, o mesmo grupo está no poder. E olha que na última eleição tivemos, além do picolé de chuchu, mais quatro candidatos potencialmente fortes para vencerem, e mudarem pelo menos um pouquinho a cara do Estado. Mas preferimos a mesmice.
Pelo jeito os tucanos foram extremamente eficientes em utilizarem a educação para fazer com que as pessoas realmente acreditem que está tudo bem.
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