domingo, 27 de março de 2011

Campeonatos estaduais


Este final de semana estava assistindo São Caetano X Palmeiras, pelo Campeonato Paulista. Joguinho chato do cacete! Aliás, que campeonatinho de merda! Vinte times jogando 19 rodadas, para se classificarem oito para a próxima fase. Aliás, em geral, a média de jogos dos estaduais são de 23 ao longo de quatro meses.
No paulista, temos quatro times com chances de serem campeões, pois o resto é coadjuvante. Dezesseis times que apenas entram em campo. No restante dos campeonatos estaduais, dois ou três times fortes. Acompanhamos quatro meses de torneio para sabermos entre quem ficará o título.
Temos nos estaduais uma fonte de renda para times pequenos, que não disputam nem a quarta divisão do campeonato Brasileiro. O nível dos jogos é péssimo. Os estádios são ainda piores, e os times grandes jogam as fases de classificação num ritmo de sono quase total.
Uma quantidade imensa de jogos para sabermos o fim. Não tem graça. E este torneio não vale nada. Não garante vaga em nenhum torneio, não traz muito prestígio, não melhora o ano de ninguém. No ano passado o Atlético foi campeão mineiro de forma brilhante, e quase foi rebaixado no Brasileiro, enquanto seu rival, Cruzeiro, classificou-se para a Taça Libertadores.
Seria até que interessante manter estes torneio, numa fórmula que preveja uns 10 jogos no total, com poucos times, e mais chances para os pequenos. Pra que eu vou querer ver o Palmeiras jogar se eu sei que só um desastre vai tirá-los dos oito melhores? Pra que um corinthiano vai ao Pacaembu pra ver seu time jogar contra o Oeste de Itápolis, ou o Linense? Não tem sentido.
Fora que este ano a Rede Globo registrou uma queda de quase quatro pontos na audiência do campeonato, que já era baixa, enquanto a média de público caiu muito, inclusive com registro de jogos entre times do interior com menos de 100 pagantes. Isso é absurdo!
E mais uma vez, tem-se a certeza que o torneio serve apenas como fortalecimento político de presidentes de federações, que usam o torneio para alavancar times inexpressivos, que não têm qualquer futuro. Quanto mais os ajudam, mais votos recebem, e mais fortes ficam perante a CBF. E com isso vai destruindo nosso futebol.

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