domingo, 11 de abril de 2010

Vida sexual


Estava conversando hoje com alguns colegas sobre uma mulher, digamos, mais “liberal”, que não se importa muito em ter vários parceiros sexuais, nem quer muitos compromissos com qualquer um deles. Apenas sexo. Fiquei pensando um pouco sobre este polêmico assunto, e em algumas pessoas que conheço que tiveram uma vida assim, ou ainda têm.
Como já citei antes, não sou cristão, portanto, não vejo o sexo como pecado. Entendo que duas pessoas suficientemente maduras para tomarem decisões podem decidir o que fazer ou não. Não vejo qualquer problema em pessoas solteiras em manter uma vida sexual ativa. Acredito piamente que se o ser humano devesse reprimir estes desejos, não os teria. Não há porque você sentir um instinto tão forte e incontrolável se ele for errado. E para aqueles que dizem que o vício da droga é incontrolável, a resposta é que estes vícios nós aderimos ao longo da vida, enquanto o desejo sexual é algo que nasce conosco, assim como a necessidade de comer, dormir, etc.
Não acredito muito nessa idéia de se casar virgem. Acho que o casamento é apenas uma passagem simbólica de um grande amor, e não precisa criar regras para a vida de duas pessoas. Acho mesmo que quando há amor verdadeiro, você não precisa se preocupar com estas convenções cristãs estúpidas.
Já conheci muita mulher realmente promíscua. A maior parte delas eu achava até legal e peguei uma certa amizade (e não tive relações sexuais com a maior parte delas). Mesmo que acontecesse alguma coisa, eu nunca mudei a maneira de ver qualquer uma delas pelo simples fato de terem estas necessidades sexuais afloradas.
A única ressalva que eu faço é que, muitas vezes agente pode perder a noção de sentimentos e de relacionamento quando começa a apenas buscar o prazer. Talvez por ter perdido a confiança nas pessoas, talvez pela sensação de liberdade que o sexo ocasional traz, mas muitas pessoas acabam encontrando um enorme dificuldade de se relacionar por causa disso. A maior parte delas acaba sendo bastante infiel nos relacionamentos em que entra, e via de regra, acaba perdendo boas pessoas por manterem este comportamento. Obviamente cada um faz o que achar melhor para sua vida, mas, sinceramente, não creio que as pessoas sejam completamente felizes sozinhas, nem com relacionamentos superficiais.
As pessoas me perguntam como eu serei quando tiver uma filha. Não acredito que eu vá pensar muito diferente. Acho que ensinar a não estragar a vida por causa de sexo é obrigação de qualquer pai: usar preservativos, não ficar doente, não arrumar uma gravidez indesejada, não expor demais algo que deva ser particular, etc. Mas não creio que compete aos pais decidir a vida sexual de qualquer um de seus filhos, até porque este é o tipo de coisa que a maioria das pessoas faz escondido. Então, pra que ficar me estressando com essas coisas?
Nem mesmo com o que aconteceu com a minha noiva antes de estarmos juntos eu me preocupo. Sei que ela tinha uma vida sexual mais ou menos ativa (menos do que mais, e sinceramente, penso que é azar dela! J ). Sei de todos os namorados dela, de todas as suas experiências, e isso nunca me fez pensar qualquer coisa ruim sobre ela. Mas, ela tinha que viver a sua vida antes de me encontrar, como qualquer um faz. E acho que é doentio demais sentir ciúme do passado de uma pessoa.
Portanto, acho que a vida sexual é algo que diz respeito somente à pessoa que escolhe suas relações sexuais. Quando muito às duas pessoas envolvidas na relação (ou às vezes as muitas pessoas envolvidas). Não acho que devemos julgar alguém porque tem o hábito de fazer sexo, caso contrário, já deveríamos ter condenado praticamente toda a raça humana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário