terça-feira, 27 de abril de 2010

O prazer de se cozinhar


Quando eu era pequeno, muitas vezes deixava de brincar com amigos ou com meus primos, para acompanhar minha avó fazer almoço. Ela ficava doida, achava que eu não estava apto ainda, queria que eu saísse de perto. A mesma coisa ocorria quando eu queria ver minha mãe cozinhar.
Mas eu era chato pra cacete. Insisti até que elas começaram a me ensinar. Eu lembro que fiquei absolutamente fascinado quando minha mãe me ensinou a temperar feijão. Sempre que eu via era tanta coisa para fazer, que parecia um bicho de sete cabeças. Consigo lembrar do meu orgulho quando vi o MEU feijão pronto, e aprovado por toda a família.
Desde então, tenho nutrido um grande amor pela arte da culinária. Aprendi a fazer um porrada de coisas, e o que não sei, se alguém me explica, apenas falando, já é o suficiente para que eu me vire. Consigo cozinhar qualquer tipo de salgado, usando qualquer tipo de tempero.
Cortar e limpar carne, cozinhar verduras e legumes, fazer omeletes, criar molhos para macarrão, bolinho de arroz, etc. Não há algo que seja realmente ruim de se fazer. Cheguei a tal ponto de interesse, que fiz a massa de lasanha, assim como a de nhoque, juntamente com a minha noiva (que aliás xingou bastante na abertura da mesma!).
Sigo o livro de receitas da primeira vez, pra entender o ponto e o preparo de cada comida. Depois, faço do meu jeito. E o legal de preparar pratos salgados é que você pode fazer do jeito que achar melhor: substituir o sal por condimentos apimentados, trocar os temperos, enfiar orégano onde não existe, colocar sazon, incrementar cenoura cozida no feijão, enfim, você é totalmente livre para criar.
Não sou muito chegado a fazer doces, porque no doce você tem que seguir fielmente a receita, caso contrário vai perder o ponto e o doce acaba nem saindo. E homens não são lá muito pacientes para ficarem seguindo o manual de instruções em cada coisa que irão fazer. Mas, se eu me determinar a fazer algum prato de doce, sou capaz de fazer da melhor maneira possível.
Minha noiva, nutricionista, odeia cozinhar (apesar de sempre que me vê fazendo alguma coisa ela quer ajudar e faz muito bem feito!). Quando as pessoas perguntam se ela aprendeu, ela responde: “Pra quê? Arrumei um namorado que cozinha!”. Ainda fico feliz em saber que ela admira minha comida (caso contrário iria morrer de fome!). Aliás, sempre é bom receber os elogios de pessoas que se surpreendem com a capacidade de um homem se virar bem na cozinha.
Gostaria de ter mais tempo e mais energia para continuar inventando. Ultimamente ando meio devagar, porque o trabalho consome demais, e ouvir crianças gritando o dia todo tira todo o pique de qualquer um. Mas em breve, quando casar, espero retomar minhas invenções culinárias, e revolucionar a gastronomia mundial!!!

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