terça-feira, 6 de abril de 2010

A propaganda é a alma do negócio, mas às vezes uma alma bem corrompida...


Existe coisa mais ridícula do que um comercial apelativo? Um comercial de cerveja mostrando uma série de mulheres extremamente gostosas de biquíni, fazendo poses e caras sensuais, sempre com a garrafa na mão, e um monte de homens com cara de bobos conseguindo “pegar” estas meninas por causa da cerveja? Ou comerciais que usam artistas famosos, geralmente com textos bastante conservadores, onde o ator afirma que ele recomenda tal produto, e que as pessoas deveriam fazer como ele.
Pior são aqueles comerciais onde parece que o orçamento acabou, e foi feito de qualquer jeito, ou por alguma pessoa que não entende nada de propaganda, como foi o caso da propaganda da embreagem Sachs, transmitida com o rádio, onde o cara entrava no carro e começava a conversar com sua embreagem, numa conversa que parecia ocorrer entre a voz da embreagem e uma criança de seis anos com problemas mentais.
Fica ainda pior quando o jingle é insuportavelmente estúpido, como o que ocorre com a atual propaganda da “Cenoura e Bronze”. Aí, além de escutarmos um monte de baboseiras inúteis ainda temos que suportar uma música ridícula e insuportável. Eu sinceramente queria saber se estes comerciais horríveis conseguem algum resultado.
Antigamente tínhamos maior criatividade nos comerciais, com sacadas engraçadas e inteligentes. Ver e ouvir comerciais era uma coisa bastante divertida. Algumas vezes nem sequer lembrávamos de que marca estava se falando, mas o comercial marcava. Há pouco tempo atrás lembro de um que tinha uma senhora e sua neta, conversando e a menina a chamava de ultrapassada. Então, entra um garoto e a senhora começa a comentar sobre ele para a neta, que afirma que não estava interessada em casar no momento. Então, a avó responde: “Quem falou em casar? É só sexo mesmo! E depois eu é que sou a ultrapassada!”. Terminando com a cara de surpresa da garota.
Algumas propagandas ainda conseguem passar algumas boas mensagens, como a nova do Itaú, que mostra um garoto judeu e outro árabe com a camisa do Brasil, que depois de um começo tenso, começam a jogar bola, fazendo com que inclusive seus pais se cumprimentem. Apesar de envolver bastante a marca da empresa, é sempre bacana você ter algumas mensagens positivas na propaganda.
Porém, a época é de seca. Parece que a crise mundial esvaziou também a mente criativa das agências de publicidade. E pior que as empresas parecem gostar bastante da maioria de porcarias que temos visto. É bem verdade que com o nível educacional da nossa população qualquer merda serve para vencer. Mas seria legal que o público pudesse ter contato com alguma coisa de maior qualidade e mais interessante, para poder quebrar um pouquinho desse ódio que dá assistir Televisão de vez em quando.

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