domingo, 19 de fevereiro de 2012

A privatização petista

Alguns dias atrás alguns aeroportos foram privatizados. A tucanalha entrou em festa. Finalmente o PT tinha se rendido às idéias tucanas, começando a privatizar o que é público. A mídia bombardeou com o fato, noticiou à exaustão. Sempre levando para um lado, sem muitas explicações pormenorizados, como é típico.
Porém, depois de buscar um pouco mais de informação sobre o assunto, pude constatar que a privatização do PT não teve qualquer relação com a que foi feita pelo tucanato. Naquela época, as empresas foram completamente vendidas, deixando todo o serviço prestado, o espaço a ser realizado, e os lucros, nas mãos da iniciativa privada. Serviços inclusive de primeiríssima necessidade, com luz, água, saúde.
Agora, o que foi vendido foi a concessão do serviço de transporte aéreo. A concessão é feita por um espaço de tempo determinado, e depois o serviço volta ao governo. Na verdade é algo como uma licença para atuar na área por um certo tempo, que pode ser renovado, ou revogado. O que é público, continua sendo público.
Tenho comigo que a privatização do sistema de telefonia é algo polêmico, pois não necessariamente pode ser considerado com algo essencial. Talvez os telefones fixos o sejam, mas a telefonia móvel tem uma finalidade muito mais particular. Por isso, acredito que seja um serviço cuja obrigação do governo não seja obrigatória. Assim, passar algo “fútil” para as mãos da iniciativa privada é algo aceitável. Já a luz é um crime o governo deixar de cumprir sua parte. É seu dever fornecer a energia pra todos, com os impostos que pagamos. O mesmo vale para saúde, educação, etc. Estes serviços não deveriam, sob nenhuma hipótese, ser passado para mãos da iniciativa privada, mesmo como forma de opção.
Viagens aéreas, na minha visão, também não são serviços essenciais. Mesmo sabendo que muitos negócios são fechados através de viagens, e que isso ajuda a girar a economia, empresas e empresários usam o serviço para seu lucro. Mesmo quando temos viagens meramente turísticas, nada mais ocorre do que momentos de lazer. Ninguém tem como necessidade básica viagens aéreas. Por isso, acredito que o governo não deva ser obrigado a arcar com custos em investimentos no serviço, uma vez que o governo não tem interesse em obter lucro com tais ações.
Daí então vem minha opinião que privatizar este tipo de serviço não pode ser considerado algo tão ruim, quanto a privatização de serviços hospitalares. Acho que temos separar bem as coisas, e analisar o que é dever do Estado, e o que deve ser feito de acordo com cada um e suas necessidades. Quando digo que sou contra as privatizações, digo apenas que sou contra o governo fugir de suas obrigações, e vender o que é do povo, e feito para o povo. Futilidades são coisas do capitalismo, e devem ficar para a área privada.

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