Ah,
a igreja católica! Queria apenas saber ainda quantas imbecilidades teremos que
ouvir dessa merda dessa religião, antes de morrer (sem termos que recorrer ao
suicídio). Primeiro, a proibição do uso de preservativos na relação sexual,
depois a condenação do sexo antes do casamento, agora, o ataque à decisão do
STF contra a interrupção da gestação de anencéfalos.
Particularmente
sou contra o aborto. Quando você assume o risco, por total estupidez, de
engravidar, ao ter uma relação sexual sem os devidos cuidados, deve ter um
mínimo de caráter para assumir o seu “erro”, mantendo a vida de uma criança que
não tem culpa da burrice dos pais. Mesmo o estupro, assunto tão controverso,
não pode ser tratado apenas como um ato traumático, uma vez que uma criança não
pode ser responsabilizada por um ato monstruoso. Até porque, sabendo que o bem
mais importante que existe é a vida, podemos ver que até num dos atos mais
demoníacos da humanidade, algo de bom é possível.
Por
isso temos que defender sempre, inquestionavelmente, a vida. Já demonstrei nos
primeiros textos que até mesmo contrário a pena de morte eu sou. Não há como
solucionar problemas matando pessoas, por mais desprezíveis que estas sejam.
Mas a vida só pode ser defendida quando ela existe. Podemos até defender a
honra de um cadáver, assim como sua história, mas não da pra defender sua
integridade física, nem pedir que sua vida seja continuada.
Não
tenho filhos, nem nunca deixei nenhuma mulher grávida (ufa!!!). Não sei como
deve ser a emoção de ser pai, de ver sua esposa carregando uma “criação” sua
por nove meses, nem tendo a vida toda pra cuidar dessa coisinha espetacular.
Mas tenho muitos amigos e parentes que tiveram essa chance, e em geral, ficam
bobos de tanto que se emocionam com isso.
Mas
posso imaginar, mesmo sem viver a situação, o que deve ser para uma pessoa ter
que carregar em seu ventre por nove meses um cadáver, ou um ser que não tem a
menor chance de sobreviver, uma vez que seu órgão mais vital não existe. Deve ser
o salto da maior alegria que uma pessoa pode ter, para a maior frustração
possível. E ser obrigada a conviver diariamente com isso por nove longos e
tortuosos meses, sentindo todas as dores físicas impostas pela gravidez,
sabendo que no final terá que passar por um sofrimento indescritível, não é se
apegar às leis de deus, e sim demonstrar uma maldade abominável.
Talvez
essa aberrações católicas não tenham passado por isso também, ainda mais
sabendo que esta religião historicamente não sabe compreender as diferenças e
as necessidades da humanidade. Talvez por isso defenda tanto o sofrimento, como
tem feito exaustivamente com nossa sociedade. E não só o sofrimento como forma
de suportar as dores do mundo, mas sim um sofrimento que pode sempre ser
evitado. A igreja prefere que a pessoa seja levada ao máximo da dor, pra não
ferir preceitos, que segundo esta própria igreja, são sagrados.
Pelo
menos temos visto que o STF, mesmo que discretamente e aos poucos, tem dado
chances para a sociedade se desenvolver e evoluir, aderindo lentamente à
transparência, à liberdade e à luta pela vida, a verdadeira. E vemos porque a
religião católica tem perdido progressivamente fieis pelo mundo. Meu maior
desejo era viver o suficiente para ver esta abominável religião se esfacelar a
ponto dela não existir mais. Pelo jeito não vai dar tempo, mas parece que vou
deixar a vida vendo este fim muito bem encaminhado.
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