sexta-feira, 11 de junho de 2010

Seleção brasileira não!


Alguns anos atrás tivemos a CPI do futebol, uma das maiores patifarias que já vi. Ao final dos trabalhos, o deputado Eurico Miranda, um dos principais acusados, pegou o microfone e decretou o fim dos trabalhos, sem que ninguém fosse condenado a nada.
Eu me lembro que naquela oportunidade a CBF era acusada de vários esquemas fraudulentos, especialmente nos contratos com a Nike, e alguns com a Globo. Existia um forte comentário de esquemas na Copa do Mundo. Alguns diziam que a seleção entregou a final da Copa de 98 (o que pode ser mesmo, pois nem para chegar à final era, uma vez que não estava jogando tão bem assim). Em 2002, por exemplo, eu acho que armaram para o Brasil ser campeão,  pois eu nunca tinha visto uma Copa onde todos os favoritos fossem eliminados na Primeira Fase de maneira vexatória e jogando sem vontade.
Depois disso, Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, armou várias manobras e se perpetuou no poder, ficando por lá até 2014 com certeza. Ao longo de sua jornada, arrumou vários amistosos caça níquel para a seleção brasileira, participou de convocações polêmicas de jogadores com claros interesses comerciais e continuou fazendo parte de esquemas milionários com a Nike.
Atualmente, chegamos ao ponto máximo desse desastre, quando tentou apoiar Kleber Leite para a presidência do Clube dos 13, órgão que nem sequer a CBF tem relação, contra o candidato de apoio da maior parte dos clubes. Como o São Paulo apoiou Fábio Koff, Teixeira declarou publicamente que o Morumbi não reunia condições para sediar a Copa, fato que a própria FIFA desmentiu um dia depois.
Graças a este ser, o campeonato brasileiro é disputado entre os campeonatos europeus, o que faz com que muitos times percam jogadores no meio do torneio, assim como jogos são marcados na semana de jogos da seleção brasileira, o que inclui eliminatórias, e até mesmo a aberração de termos jogos começando às 21h50, terminando em horários em que os torcedores não conseguem mais transporte público.
Cada título da seleção brasileira, seja Copa América, Copa do Mundo, Copa das Confederações ou Copa do que quer que seja, são estes sensacionais líderes que realmente ganham. Ganham dinheiro, poder, prestígio e adoração por parte dos torcedores. E cada dia mais, esta corrupção se perpetua.
Sendo assim, eu me recuso terminantemente a torcer pela seleção brasileira de futebol. Sei que aqui é o país do jeitinho, onde a maior parte das pessoas gosta de se vangloriar por fazer coisas ilegais, como assaltar, traficar, torcer por um time que monta um esquema corrupto para ser campeão brasileiro e inventa um torneio mundial para dizer que tem algum título internacional, etc. Então o povo não liga se temos um pilantra no poder.
Mas eu ainda me considero uma pessoa honesta, e prefiro seguir meus princípios. Estes caras não me representam em nada. Assim como não me sinto representado por jogadores que gastam fortunas com carros, mulheres e baladas, que usam drogas, mantém relações com traficantes ou fumam adoidado. Este bando não me representa em nada, e só porque usam a bandeira do país na qual eu nasci, não significa que eu tenha que desejar que sejam vencedores. Meu orgulho nacional está em lutar pelo que é certo, pela melhoria do país, o que quer dizer: repúdio a toda esta corrupção!

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