NATAL, E SUAS RELIGIÕES

Ah, o natal. Mas que época mais maravilhosa para reflexão, auto-avaliação, correção dos erros... nada mais religioso, nada mais cristão. Nada mais hipócrita. Hipócrita como é típico das religiões, que em sua maioria estão sujas de sangue de inocentes até o último fio de cabelo, mas tentam falar de amor, ao mesmo tempo que condenam aqueles que pensam diferente.

Depois de ter vivido uma fase de total revolta e fúria, onde minha vontade era de matar cada ente religioso no mundo, e querer fazer aqueles que insistiam em falar sobre deus sofrerem interminavelmente, devo dizer que consegui me acalmar um pouco e deixar de lado esta raiva toda. Neste sentido refleti, analisei a situação, pensei bastante, e concluí que religiões não são dignas de respeito algum.

E vamos deixar claro que estamos falando sobre instituições estruturadas, que existem para levar algum dogma para pessoas. Fé, em geral, não tem nada a ver com isso. Não vejo qualquer problema numa pessoa rezar, acender velas, em orar, nem mesmo em pagar o dízimo, estudar livros, debater sobre o assunto. Se isso não for causar mal para um terceiro, não há nada de errado nem de prejudicial em manter uma fé atuante.

No entanto, não digo o mesmo sobre religiões. Especialmente quando esta religião é o catolicismo. A maior parte das nossas grandes religiões tem uma história marcada por mortes, tortura, dor e sofrimento, tudo sem sentido. A religião foi responsável pelas primeiras formas de opressão e perseguição, vindas do Egito antigo. O cristianismo, perseguido pelo politeísmo romano, quando tornou-se dominante, perseguiu, torturou, roubou e matou todos aqueles que ousavam discordar de seus dogmas. E a igreja católica foi responsável pela invenção das mais cruéis formas de tortura que já existiram. Algo bem divino.

O cristianismo criou o racismo, afirmando que os negros não possuíam alma (e ainda assim, vários negros continuam católicos). Os negros continuam, em sua grande maioria, em situação de inferioridade, graças ao que esta igrejinha de merda inseriu na sociedade. Temos um legado milenar, de ódio, desgraça e morte, graças a esta religião.

Mas se é muito tempo atrás, que tal lembrar que a igreja católica apoiou incondicionalmente o nazismo. Primeiro por medo, de ser subjugada, depois para receber posses e cargos no regime de Hittler. Regime este, aliás, que era totalmente baseado no cristianismo. Para Adolf, Deus era o responsável pela criação de hierarquia das raças.

Ao longo da Idade Média tivemos verdadeiros massacres, promovidos da interminável guerra entre protestantes e católicos, lutando pela hegemonia da fé. Aliás, quantos protestantes não morreram neste período por terem simplesmente interpretado a bíblia de forma diversa do que impunha o catolicismo?

Olhando para outras religiões, basta ver quantas guerras por causas religiosas ocorrem ainda hoje no mundo, especialmente se tratando de judeus e muçulmanos. Mas não só eles, como os próprios católicos e protestantes na Irlanda, o sistema de castas e de preconceito que o hinduísmo impõe à Índia... são tantos exemplos de barbaridade imposto por religiões, que este texto acabaria por se tornar meramente um muro das lamentações.

Mas sempre têm aqueles que acham que isso ocorreu muito tempo atrás, especialmente se tratando do catolicismo. Claro. Pena que a riqueza que eles possuem é fruto de todos os crimes que praticaram, roubando e matando milhares de pobres, inocentes ou livres pensadores. A ostentação que eles trazem ao mundo, o controle absoluto de um país inteiro, tudo isto é o legado da vida de servidão a deus, onde há sangue nas mãos de cada um dos homens que criou este “império”.

Por isso, mais do que nunca, meu respeito a religiões é nenhum. E sempre o será. Não tenho respeito por assassinatos, ladrões e mentirosos, senão por tratamento humano no momento em que cumprirem suas penas. Talvez depois deles pagarem por seus erros, eu até volte a respeitar um pouco. Hoje, trato esta corja da mesma forma que devemos tratar os políticos que têm sido presos por roubarem dinheiro público, ou os que são pegos roubando e nunca são julgados, ou o assaltante que mata uma criança para ter sucesso em seu crime, ou o homem que estupra, o serial killer...

Tudo farinha do mesmo saco!