quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Uma experiência desastrosa


Depois de quatro anos e meio de namoro, tive a oportunidade de viver alguns dias longe da minha noiva, com a viagem que ela fez para o Ceará. São doze dias, e eu pensei que poderia aproveitar um pouco os momentos longe dela para sair com os amigos, fazer algumas coisas sozinho que eu não faço desde que começamos nosso namoro.
Poucos dias foram necessários para eu ter certeza do tamanho da merda que eu fiz ao aceitar tal viagem. O que parecia ser um bom momento, uma chance de um final de semana sozinho, se tornou um verdadeiro pesadelo.
Já começando pela saída, quando ela até chorou ao me ver ir embora, ficou triste, e parecia não estar muito feliz com a situação. Eu mesmo, naquele final de semana da despedida, já me senti profundamente incomodado. Sabia que iria me arrepender desde então. Eu nem estava muito afim de conversar com ela, naquele momento só queria ir pra casa e ficar sozinho.
Com o final de semana, as coisas ficaram piores. Meus amigos casados ou comprometidos queriam passar o final de semana com suas respectivas, enquanto meus amigos solteiros estava interessados em baladas, o que representa, para os leigos, putaria. E eu acabei ficando no meio. Não quis fazer nada de errado, e também não tive o contato com nenhum dos meus amigos. Então acabei por ficar em casa sem fazer nada.
Para deixar a situação um pouco pior, ela estava em um local onde não havia qualquer sinal de celular, onde ela teve que ir de pau de arara e não tinha telefone na casa. Eu, por minha vez, peguei um gripe violenta, tanto que deixou algumas seqüelas, como uma infecção no ouvido.
Fiquei num mau humor do cacete, acabei tratando-a mal na segunda feira que ela me ligou, e percebi que tinha sido um terrível engano aceitar essa loucura.
Agente acaba percebendo que não tem mais sentido fazer coisas de gente solteira quando se está comprometido. E ficar um bom tempo longe de quem agente gosta é meio diferente de sair com os amigos uma noite, falar um monte de merda e voltar pra casa, pra no dia seguinte ver a namorada.
Parece realmente algo muito fora da realidade, que traz uma série de pensamentos ruins na cabeça e faz agente pensar em um monte de coisas erradas.
E assim agente acaba concluindo que, ou ficamos sozinhos e fazemos coisas sozinhos, ou estamos dentro de um relacionamento e fazemos as coisas em conjunto, sem essa de ficar cada um pra um canto por uma quantidade longa de dias. Não tem muito sentido cada um ir para um canto, sozinho. Pelo menos é a minha opinião.

PS: para as mentes poluídas que devem ter pensado besteira aqui, a viagem ocorreu com a mãe dela.

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