sexta-feira, 16 de novembro de 2018

DEUS ACIMA DE PORRA NENHUMA


Há alguns bons anos já tenho um certo repúdio pela religião. Por todas. Pessoas reunidas em um grupo para debater algo fictício, e que dedicam a vida para defender essa ideia, levadas por grupo a atacarem e matar outras. A fé, em si, não faz mal a ninguém, acabando por ser uma forma de pensar particular, bem como um certo código de conduta pessoal. Não da pra saber exatamente o que leva uma pessoa a se embicar por tal caminho, mas sem dúvida cada um tem seus motivos, e enquanto decisão e ações pessoais, parecem não fazer tão mal a ninguém. Não é o mesmo que ocorre nessas mega reuniões em grupo.
Historicamente a associação de religião e Estado termina muito mal. Guerras, genocídios, ódio incontestável. Não só no passado, como também no presente, especialmente nos países muçulmanos do Oriente, nas Irlandas, em Israel. A religião da a desculpa perfeita para se perseguir e matar os inimigos.
E agora o Brasil está aderindo a esta insanidade. “Deus acima de tudo”. Este é o slogan do nosso candidato fascista, racista, machista, homofóbico. Todas características perfeitas para trazer a religião para justificar matança.
Nada contra o cara, em sua vida particular, achar que deus é a coisa mais importante de sua vida. Acredito que é um direito que ele, ou qualquer ser, tem. Mas não é o meu. Deus nem existe! E nunca levaria qualquer ato da minha vida diante da pseudo-vontade de deus, nem colocando esse Harry Poter dos adultos acima de qualquer coisa.
Eleger um ser que trata a religião como a coisa mais importante de sua realidade e que quer trazer essa mesma baboseira para a vida da sociedade é no mínimo criminoso. Fere nossa Constituição. Em vídeos de discursos desse abominável podemos ver ele mesmo falando que fará um governo para cristãos, e que as minorias, que nesse caso são todos aqueles que não são cristãos, devem se curvar para a maioria. Eu jamais me curvaria para esse merda, nem para cristão algum. E diante do meu perfil, sei que minha existência estaria mesmo em risco.
No fim das coisas, meu ódio pela religião vai aumentando cada vez mais. É intolerável essa interferência geral. Não quero nenhuma teoria de religião envolvida na minha vida, na vida da minha família, e nem do país em que eu vivo. Não quero ter que brigar para tirar o direito de cada ser humano de seguir aquilo que acha melhor, o direito de cada um se ajoelhar e rezar, de parar ao meio dia para honrar Alá, ou ascender um monte de velas pra tudo quanto é santo. Essa decisão é pessoal, íntima e “intransferível”. Chega de religião dentro da política!

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