terça-feira, 11 de outubro de 2011

Palestina livre


O estado de Israel foi criado para dar vazão aos judeus perseguidos durante a segunda guerra mundial. Com o massacre de tantos, sofrendo preconceito e perseguição, chegou-se ao conceito que era hora de dar uma terra a este povo. O único problema é que a estupidez da Europa levou à locação de um povo num território onde quem ali habitava os odeia. O resultado não era tão imprevisível assim.
Porém, os judeus ganharam poder e armas. E dominaram quem tentava disputar as terras com eles. A minoria muçulmana ali foi transformada em prisioneiro da terra que sempre habitou. Foram proibidos de circular pela terra santa, vigiados, perseguidos, e assassinados. O povo que foi vítima de tanta perseguição e preconceito, fez o mesmo com quem tinha menos poder que eles. Grande moral, hein?
Tem gente que defende a atitude israelense, atacando e sufocando os palestinos, argumentando que este povo é terrorista e propagador do ódio. O que eu fico imaginando é como estas pessoas reagiriam caso fossem elas massacradas, vendo seus filhos serem mortos, presos e prisioneiros da própria terra, sem direitos e sem defesa, ano após ano. Não posso imaginar reações mais normais do que chegar a extremos. Se nada importa, e nada vai melhorar, então por que a pessoa teria razão pra continuar em paz?
Quando um cara resolve agir num ataque suicida, provavelmente a vida dele não faz tanto sentido, senão pela causa defendida, por criar alguma instabilidade, e mostrar ao mundo sua insatisfação. E um caso assim é extremo, radical, e sem volta. Por mais maluco que o sujeito seja, não da pra imaginar que ele simplesmente aja assim do nada. Infelizmente pouco é falado sobre as causas.
Isso porque o grande titã do planeta, os EUA, fazem de tudo pra defender Israel. Um dos maiores aliados, grande parceiro comercial. Ter seu poder enfraquecido seria o mesmo que enfraquecer o Tio Sam. Então, o defensor do planeta fecha os olhos para o que é feito com o povo Palestino. E agora se coloca contra a resolução da ONU que reconheceria o Estado Palestino. Eles acreditam que dar vida a um povo que suplica por isso, é o mesmo que dar asas ao “mal”. Coisas assim os levaram ao abismo. O país mais militar do mundo está afundado nas dívidas de sua guerra, e ainda não conseguiu aprender com seus erros.
Não é necessário acabar com Israel. Seus direitos como país devem ser mantidos. Mas isso não significa que os palestinos tenham que ser tratados como lixo. Todos têm seus direitos, e precisam ser respeitados. Dois países poderiam, sem radicalismo, conviver em paz, juntos. É muito triste ver um povo que foi humilhado e massacrado, e que esteve perto de sumir do planeta, agir igual ou pior com outras minorias, fazendo com que muita gente acredite que o maior erro de Hitler foi não ter terminado o serviço de maneira correta.

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