segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Imprensa livre, não imperialista


Uma das últimas edições da revista Veja trazia uma reportagem denúncia contra o ministro Orlando Silva, denunciado por um policial militar, acusado de corrupção. Acredito que os integrantes do PC do B não são lá flor que se cheire, e em geral, nenhum político, mas quando a matéria vem dessa revistinha, que nem pra limpar a bunda serve, já não da pra levar muito à sério.
Passadas algumas semanas, as prometidas gravações não apareceram. Só uma série de ataques, e a mesma revisteca trazendo reportagens como se fossem verdades absolutas, sem qualquer menção de se provar nada. O mesmo ocorreu na eleição, quando a revista claramente tomou partido no embate, trazendo denúncias gravíssimas, sem provar qualquer uma delas em momento algum.
Claro, a Veja é o maior lixo midiático que nosso país já viu. Uma revista de péssima qualidade, cheia de invenções, reportagens tendenciosas, sem comprovação de veracidade. O problema é que, apesar de ser o exemplo mais berrante, não é a única, toda nossa mídia usa os mesmos artifícios. Seja a Globo, seja a Record, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Bandeirantes, Carta Capital, etc. Qualquer mídia usa seu poder pra criar matérias inteiras que voltem o seu espectador a pensar como ela, induzindo sentimentos de revolta sem questionamentos, sem que se busque a verdade. Alguns ainda têm coragem de mostrar claramente qual lado, e diminuem um pouco essa falsa isenção. Outros, como é o caso da revista supra cagada, digo, citada, não tem sequer colhões pra isso.
Por isso temos uma aberração na opinião pública quando falamos sobre a lei que visa regulamentar o exercício da imprensa. Advogados têm uma associação que os limita, médicos têm também, enfermeiros, etc. Na maioria das vezes, o código inclui provas e uma licença pra atuar, dentro dos limites éticos que são necessários para a profissão. Os integrantes da imprensa se afundam em fúria só de ouvir falar nisso.
Em qualquer país do mundo minimante civilizado há leis que regulamentam a imprensa, determinando direitos, deveres e responsabilidades, como a qualquer profissional. E caso não cumpram as leis, são punidos, como a qualquer cidadão comum, que cometa algum ato ilegal. Em geral, existe um pouco mais de esclarecimento por parte da população, e a menos que o veículo demonstre claramente ser favorável a um ou outro grupo, mantém-se realmente isento. E quando é favorável, acusa apenas quando tem provas pra isso.
Agora vamos pensar: se eu acusar alguém sem ter certeza de sua culpa, ou somente para prejudicar tal pessoa, serei penalizado, podendo ser preso, e devendo pagar os danos que causei. Quando quem acusa é a imprensa, por mais mentirosa que se prove a reportagem, no máximo, quando é punida, tem que pagar uma pequena multa. E os autores ficam livres de qualquer punição, exceto se a imprensa quiser demiti-lo, o que é muito raro. Ou seja,é um oba-oba. Faz-se o que quiser, e as conseqüências nunca ocorrem, a não ser pra quem é prejudicado.
Por isso uma lei é mais do que necessária. Está na hora de fazer com que quem cometa crimes ou erros seja punido, e não se esconda atrás da “liberdade de expressão”. Deve mesmo ser criada uma lei pra impedir que a imprensa tenha o domínio do nosso país, e crie módulos de pensamentos hermeticamente fechados, mantendo o povo numa espécie de ditadura de um determinado grupo. Isso não é cercear o direito de expressão, nem ditadura, nem nada disso. Isso é garantir que todos recebam notícias verdadeiras, sem manipulação ou ataques pessoais.

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