quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Uma pequena resposta aos funkeiros


Recentemente li uma publicação sobre a anteriormente citada “guerra” dos funkeiros contra o rock. Fico impressionado o quanto estes acéfalos acreditam serem melhores suas músicas, o que insistem ainda dar tal nome, e o quanto querem comparar com um estilo cinqüentão, que está no mundo todo.
Eles acreditam que rockeiros morrem cedo, o que caras como Ian Anderson, Keith Richards, Steven Tyler, Brian May, Tonny Iommy, Rick Wakeman, Paul MaCartney e tantos outros, que eles nunca ouviram falar, dentro de seu mundinho restrito à uma periferia limitada.
Falando também sobre esta falta de conhecimento, é bem provável que não saibam que cada banda tem um estilo na composição das letras: O Queen gosta de escrever sobre o amor, e não um amor fracassado, e sim correspondido, como o exemplo de I Was Born To Love e You´re My Best Friend; O Iron Maiden traz fatos históricos; o Kiss gosta de escrever sobre sexo; Black Sabbath sobre terror; Pink Floyd escreve algumas pequenas histórias cheias de viagens e reflexão. Enfim, vários temas presentes em cada banda, sendo que ainda escrevem sobre outros tipos de assunto, dependendo do disco e do momento. Mas é claro que pedir que entendam uma língua estrangeira, ou mesmo saibam usar um dicionário, é pedir muito.
Também temos a idéia de rock vira modinha. Interessante uma modinha que dure cinqüenta anos, com bandas como Deep Purple, Iron Maiden, Black Sabbath, Beatles, Queen, Kiss, Aerosmith, AC/DC, entra tantas outras, sejam veneradas como deuses pelo mundo todo, mesmo que seu auge tenha passado, que não tenhamos praticamente nenhuma rádio ou emissora de televisão que venerem o rock.
Muitos destes artistas usam drogas mesmo. Boa parte morreu de overdose, outros tantos tiveram que parar pra se manterem vivos. Isso é verdade mesmo. Porém, poucos estilos musicais escapam dessa realidade. Infelizmente a fama é uma droga, por si só, que leva as pessoas a se perderem, e cometer uma série de loucuras. Músicos de pagode, pop, soul, axé, rap, todos os estilos já foram pegos com drogas. Infelizmente esse é um mal que poucos escapam.
Dizer, por outro lado, que rockeiros não respeitam as pessoas, é mais uma vez usar um exemplo pra falar do todo. Obviamente rockeiros se consideram melhor musicalmente, até porque escutamos um estilo que vive há muito mais tempo que qualquer funkeiro tem de vida. As músicas variam incrivelmente, sendo que há tantos estilos dentro do rock, que torna-se impossível conhecer todos. Enquanto outros estilos fixam-se numa base e não saem mais. Difícil aceitar a qualidade dos outros quanto apresentam tão pouco. Mas, mesmo assim, a maior parte dos rockeiros tem amizade com outras pessoas, são casados com gente que gosta de outras coisas, e até sai junto com fãs de outros estilos. É só olhar com mais atenção. E, principalmente, usa fones de ouvido dentro de transporte público.
Já sobre sexualidade, digamos que é algo que atinge qualquer camada da sociedade, que goste de qualquer atividade. Temos homossexuais em todos os lugares, e como já defendi publicamente o homossexualismo, não vou tratar este fato como um problema, até porque nomes como Freddie Mercury e Rob Halford ajudaram a tornar nosso estilo ainda mais grandioso. Então eles podem transar com quem quiserem.
Mas, não vou falar muito de um estilo que tem uns cinco anos no máximo, restringe-se a um público de baixíssima escolaridade (com raríssimas exceções), que busca conhecimento como procura papel higiênico pra limpar a bunda, que propaga a criminalidade, trata mulheres como lixo, quando não fala sobre crime fala sobre sexo, da maneira mais pornográfica e degradante possível. Como nesse curto período de tempo não consegui avaliar se têm vida longa ou não, ou se serão felizes mesmo com tanta futilidade, nem da pra comparar tais itens. Mas sei que o que podemos ver de fãs do estilo são as pessoas que escutam aquela merda muito alto nos ônibus, passam com o carro praticamente tremendo com o volume nas alturas, pra todo mundo ouvir, e querem arrumar briga com quem estiver na frente. Não me parece algo tão respeitoso assim.
Qualquer boca de fumo tem alguém ouvindo funk. Talvez quando diga que são trabalhadores, tenha intenção de dizer trabalhadores do crime. Ao passo que baile funk parece um bacanal. Então imagino que os fãs não são fãs exatamente da música, e sim do sexo. Aliás, ter um monte de nóia como fã, e mais um monte de mulher vadia, não me parece uma coisa exatamente feliz, especialmente quando estou pensando em constituir uma família, ter filhos, fazer mais uma faculdade, e manter o meu contato com meus grandes amigos de vinte anos. 
Sinceramente, quando um funkeiro busca trazer as qualificações de cada estilo, pra provar que o seu tem mais relevância, ele deixa claro para o mundo que cérebro não está entre as maiores virtudes de quem ouve o estilo. E consequentemente, bom senso menos ainda.

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