quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

SEGUNDO PAÍS MAIS SEM NOÇÃO DO MUNDO

Tento entender neste momento como deve se sentir um sul-africano. Porque sendo brasileiro, já é de uma tristeza imensa saber que este povo não tem a menor ideia do que ocorre em seu próprio território. Nada surpreendente, pois as ações que vimos ao longo dos últimos anos deixam claro isso.
Pra começar, um grupo de pessoas que seguiu um outro grupo que se dizia apartidário e libertário, mas que colocou vários de seus integrantes na política, elegendo para cargos e colocando vários outros em funções de confiança, além de se mostrar o grupo mais conservador e reacionário que já tivemos. E isso estava na cara desde o começo.
Fora que aqui nós temos uma tendência maluca a apoiar um político como grande salvação em detrimento de outros, que não gostamos. Vejamos o caso Aécio, em que muitos artistas fizeram campanhas enfáticas a seu favor, e agora devem estar enfiando a cara no chão com tanta vergonha depois de tudo o que ele foi pego fazendo.
Outro ponto de demonstração claro que nosso povo não entende o que lhe é feito foi a aprovação da reforma trabalhista. Retirada de direitos de forma clara e sem nenhum pudor, onde pode-se pagar menos, exigir mais trabalho e menos estabilidade, e ninguém deu um pio contra. O mesmo tem ocorrido com a péssima reforma da previdência, apoiado pela mídia, que controla planos de previdência privada e tem interesse no assunto.
Aqui políticos ganham salários homéricos, com mais um montante absurdo de verbas de tudo quanto é coisa, mas a responsabilidade dos problemas recai sobre funcionários públicos, cujos salários em geral não chegam a R$5.000,00, nos casos mais altos. Além das repartições não serem aparelhadas dos materiais necessários para a realização do trabalho diário e muitos terem que comprar os materiais para que a coisa ande.
Um país onde todos querem se dar bem, a qualquer custo, onde é comum dar golpes em pessoas de bem, ou onde a cultura é desrespeitar regras de trânsito, mas quando se é multado coloca-se a culpa na indústria da multa. Onde pessoas morrem na fila de hospitais, muitas vezes por falta de espaço para serem atendidos.
Um país onde é bom policiais executarem suspeitos, sem qualquer julgamento, porque a multidão decidiu na hora que eles são culpados, mas se enaltece traficantes em morros, trazendo-os como heróis. Ou os caras que são famosos, mas batem em mulher ou financiam o tráfico.
Um país onde se abandona filhotes de cães e gatos na lata do lixo, porque não se pode cria-los. Onde crianças são deixadas na rua para conviver com o tráfico. Onde a educação não tem qualquer importância. Um país onde funk é considerado boa cultura.

Os fatos falam por si. Ainda me deixa incrivelmente surpreso que exista um país que esteja a nossa frente. Não consigo imaginar que tipo de vida se leva neste país. Mas sei que a coisa aqui vai mal. E com esse tipo de noção, a tendência é ficar ainda pior.

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