terça-feira, 17 de outubro de 2017

PRIORIDADES NUM RELACIONAMENTO

Não faço questão que gostem de mim. Entendo que pelo meu jeito, algumas pessoas podem me admirar muito, e outras podem vir a ter repulsa pelo meu estilo. É direito de cada pessoa escolher e seguir feliz em sua vida, tendo minha amizade ou meu distanciamento. E não sinto qualquer tipo de mágoa por quem escolhe a distância.
Da mesma forma, não forço a barra. Se a pessoa quer contato, amizade, amor, ou seja lá o que for, a coisa virá naturalmente. O contato será agradável para ambas as partes, sem qualquer tipo de coação. Não vejo qualquer vantagem em obrigar alguém a me aguentar.
Da mesma forma, se eu eventualmente não gostar de alguém, vou manter o máximo de distância possível. Não quero me sentir irritado ou incomodado com alguma presença que não me faz bem. E se odiar alguém, o que é algo raro, aí vou manter deliberadamente a distância máxima, até conseguir esquecer por completo a existência desse ser.
Dito isso, a partir do momento que estamos em um relacionamento amoroso, partimos do princípio que a pessoa que escolhemos é especial, e queremos ao nosso lado em quase todos os momentos, mais do que as demais. Se você chegar ao ponto de casar, significa que realmente você quer essa pessoa ao seu lado em todos os momentos.
O casamento impõe, por uma escolha própria, a ideia que você é a pessoa mais importante para seu cônjuge, acreditando também que o contrário é verdadeiro. Claro, sempre tendo em mente que amor próprio é essencial e vem em primeiro lugar. Ninguém ficará com outra pessoa se estiver fazendo mal a si próprio.
A única exceção para isso são os filhos. Ainda não nasceu o meu, mas imagino que o filho venha em primeiro lugar, inclusive acima de você mesmo. De resto, se você escolheu, seja pela insanidade que for, estar casado, assumiu como seu cônjuge sendo sua principal família, bem como a pessoa mais importante na sua vida (ta até naqueles juramentos malucos que se repete quando casamos).
Daí vem a grande dúvida: como podemos considerar alguém que passa a colocar seus amigos em primeiro lugar? Ou futebol, vídeo game, cinema, ou qualquer merda que passe a superar quem você escolheu compartilhar sua vida?
Será que você se dedicar a uma pessoa integralmente e vê-la tomar como mais importante que você, um amigo, por maior que seja amizade, é algo que vá fazer algum relacionamento sadio e feliz?
Você se dedica loucamente a alguém, especialmente em momentos terríveis e insanos, deixando de lado sua própria saúde, seus projetos pessoais, suas metas, sua alegria, para que alguém consiga dar a volta por cima, acreditando nela e investindo muito mais que seria suportável. Aguenta o tranco, suporta sofrimento interminável, até chegar no limite da sua razão.
Não somente porque existe amor, ou porque exista respeito, ou mesmo uma admiração. Mas porque aquela é a pessoa mais importante na sua vida, e você acredita que seja também da dela.
Mas um belo dia você diz que não gosta de uma pessoa amiga dela, e não quer contato com essa pessoa (como descrito no começo). Não faz a menor diferença se seu cônjuge terá amizade ou não. Apenas não quer ter que sequer lembrar da existência desse ser. O que inclui eventos entre ambos, como nascimento do filho, aniversário do filho, ou coisas relativas ao filho, não ter a presença desta pessoa, como ocorreu no inverso, sem grande sofrimento.
Qualquer ser humano ponderado, que tenha você como a pessoa que decidiu amar e respeitar na saúde e na doença, na tristeza e na alegria, vai acatar o pedido, mesmo que não seja o que quer. Afinal, vocês são casados, têm uma vida juntos, um filho juntos, e isso é mais importante que a presença de um amigo.
Certo?
Completamente errado. Seu cônjuge vira pra você e fala que se você não quer, não participa. Que o amigo será chamado e possivelmente estará presente. Se você quiser, será assim. Amigo este que agiu deliberadamente para prejudicar seu relacionamento.
Será que algum ser seria tão passivo, submisso e sem personalidade, a ponto de se humilhar a aceitar esse tipo de coisa? Será que isso não é uma baita traição, com seu esforço, sua dedicação, seu amor e seu sofrimento nos momentos mais terríveis, sua abnegação, somente para ver a coisa funcionar?
E assim que você percebe que é um total imbecil. Que se meteu numa tremenda encrenca por alguém que não vai te colocar no posto que você merece, nem vai enfrentar tudo o que vier por sua causa. Assim você percebe que fez um monte de merda, que irão te prender pelo resto da vida, por alguém que não faz questão da sua presença, acima dos demais.
Assim você descobre que é um trouxa.

6 comentários:

  1. Por alguma razão inexplicável você quer discutir relação aqui, enquanto não o faz pessoalmente. Tenho um certo cuidado de escrever de forma um tanto quanto subjetiva, e via de regra, sobre um ponto específico. Você está abrindo bastante a situação.
    Como podemos notar, você não consegue prestar muita atenção no que ocorre ao seu redor. Meus planos pessoais estão muito longe de serem realizados.
    Você se ofende com qualquer coisa, e sabe muito bem disso.

    E o que você diz, quer dizer, em qual momento? Uma hora você acha que sua revolta levou a sua vida a parar. Na outra, acha que sou eu quem acabou com sua essência. Uma hora reclama que eu fico forçando a barra com você. Na outra acha que eu tenho nojo e não encosto em você. Nem da pra saber o que você quer.

    E não é de hoje que você trata mal quem se esforça muito por sua causa. Nós sabemos bem que eu não sou o primeiro nesse quesito, não é mesmo?

    ResponderExcluir
  2. Sobre o meu texto você comentou muito pouco. Aliás, você concordou plenamente. Só que ao contrário do que ocorre quando você quis evitar contato, no meu caso é só birrinha. Você escolhe amigo ao invés do seu marido, pai do seu filho, ou simplesmente não faz nada, para não deixar de ter a presença de amigos. Acho que por si só isso diz tudo.

    ResponderExcluir
  3. Você sabe muito bem o motivo de eu não passar a mão na sua barriga, e nem em outras partes do seu corpo. Sua ação me fez agir assim. E você sabe muito disso, o que só posso concluir que você está manipulando a informação.
    Até porque não tivemos tantas oportunidades assim em público pra vc citar.

    Por fim, vamos ver se você entende: eu sou o marido. Por uma questão de escolha, serei o pai do seu filho. Quando se cria um evento, são as pessoas que têm a preferência. Da mesma forma que a esposa. O resto vem depois.
    E seu maldito orgulho está criando essa situação. Vc está claramente errada, e pode sair perguntando pra quem vc quiser, mas quer defender. Não há defesa pra isso. Pare de passar vergonha e piorar as coisas.

    Minha lamentação é vc ter deixado essa situação bem clara logo no começo, pois isso teria poupado muito sofrimento desnecessário.

    ResponderExcluir