sábado, 3 de setembro de 2011

Quessada, o repórter imbecil


Por dez anos fui ouvinte da rádio Bandeirantes. Abandonei a emissora depois que o péssimo Datena passou a fazer parte do quadro. Daí achei que era demais pra qualquer cérebro ainda em uso. Ainda escutar alguns programas, mas todos foram piorando, até o humor do “na Geral”, cujo apresentador usou sua fama para apresentar a propaganda política do Serra, um dos piores seres que já pisaram neste estado.
Depois de quase dois anos sem ouvir nada da rádio, parei pra ler um dos posts de Leandro Quessada, um dos repórteres da rádio. Quando deixei de ouvir, num dos últimos programas que ele apresentou, ele conclamou os ouvintes a se manifestarem, e por algumas brincadeiras, se não me engano por causa da derrota do Brasil para a França em 2006, ele começou a se revoltar contra os ouvintes.
Lembro que aquele dia ele xingou pra caramba uma das pessoas, e praticamente chamou o cara pra briga. Seu colega, Alexandre Pretzel, fez algumas pequenas menções para que ele se acalmasse, e quando ele voltou a se revoltar com ares de fúria, lembro que o Pretzel até comentou: “Depois você reclama quando dizem que você é mau humorado”.
Achei aquilo uma tremenda falta de profissionalismo, e como já estava de saída do público da rádio, por total falta de respeito, achei que era a deixa pra ir de vez.
Depois de todo esse tempo, vejo uma postagem no facebook, contra um texto do cara no blog que ele tem no UOL. Nem vou entrar no mérito, porque ele condenava manifestações de jornalistas em passeatas. Até aí, beleza, eu não concordo com isso, mas cada um tem o direito de se manifestar da maneira que quiser. E aquele era um blog particular, que refletia a opinião do dono. O problema foi que ele recebeu uma enxurrada de críticas, algumas ferozes, o que pode ser considerado normal para um blogueiro (mega amador e sem qualquer divulgação, eu já recebi umas boas doses de críticas ferozes, o que dirá quem é famoso?). Só que o cara, mais uma vez, recebeu de maneira mais que amadora tais críticas.
O cara teve a capacidade de bater boca com seus críticos. E não foi um bate boca de idéias. O cara chamou um de imbecil, outro de burro, tirou sarro, foi irônico. Foi um show de desrespeito com aqueles que são a razão de ser de um escritor. Eu nunca tinha visto um repórter, que se diz sério, agir de maneira tão “ogra” contra seus leitores. Nunca tinha visto um jornalista de primeira linha xingar alguém que comente suas idéias.
Parece que a arrogância do cara cresceu em progressão geométrica. Conforme expandiu seu nome, parece que o ego cresceu em dobro. Agora ele deve se sentir um verdadeiro deus, que não pode ser contestado, nem sequer criticado. Se alguém tirar sarro de suas idéias então, provavelmente seria fuzilado se ele tivesse chance. Eu não consegui sequer sentir nojo do cara, tamanha minha perplexidade com suas atitudes.
Mandei um comentário pra ele, dizendo tudo o que escrevi aqui. Inclusive que acompanhei sua carreira desde 2000, quando o achava um ótimo profissional, além de bem humorado e versátil. E como é triste ver a decadência que um homem se impõe por causa da fama. E o cara não teve coragem de divulgar o comentário no texto. Ele deixou várias outras, mais agressivas, para que pudesse entrar na porrada, mas teve medo de entrar neste tema. Talvez seja uma crítica pesada demais para um deus...
Pior pensar que a rádio Bandeirantes e o site UOL insistem em manter este tipo de profissional em seus quadros, fazendo com que tais atitudes trogloditas venham a ser associadas aos nomes de tais empresas. Não sei exatamente se é o público que querem ter, mas em geral, pessoas com maior informação não costumam gostar muito de serem agredidas por darem sua participação.

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