quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A limitação da alma por fronteiras geográficas


Torci muito pra que o Brasil perdesse a Copa do Mundo de vôlei.            Não acabou ainda, então não sei quem foi o campeão, mas a seleção nacional perdeu três jogos, e provavelmente não vá chegar ao título. Não que não goste do time, inclusive acho que eles merecem todo sucesso, mas acho interessante ter uma série de times fortes, pra deixar o esporte mais legal.
Já na Fórmula 1, torci contra Massa e Barrichelo, por não gostar de não dos dois. Ambos se mostraram babacas, sem qualquer gana por vencer, aceitando o posto de número 2, perdedores e capatazes de outros pilotos. Ainda mais quando abrem a boca pra dar entrevistas, arrumando culpados e desculpas para seus fracassos. Inclusive em casos de acidentes, querendo arrumar desculpas para manobras ousadas de adversários, que eles não têm coragem de fazer.
Isso é um exemplo de casos onde o fato de ser brasileiro não influi nas minhas preferências. Não entendo como posso supor que alguém que nasceu no mesmo pedaço de terra delimitado que eu, possa ser melhor que uma pessoa que nasceu em outro lugar. Não entendo porque tenho que odiar uma pessoa só porque ela nasceu na Argentina, ou admirar outro que nasceu em Portugal, nação que tão mal fez à nossa.
Por isso adoto como frase da minha vida que o “patriotismo é a limitação da alma por fronteiras geográficas”. Pessoas se odeiam e se matam porque nasceram em países diferentes. Trazem dor a outros por causa disso. Você pode imaginar o que uma família de japoneses vai fazer quando receber em casa o namorado da filha, sendo ele negro? Tudo porque não tem as características desejadas pra manutenção da raça japonesa.
E tudo passa a ser uma grande imbecilidade, quando vemos o dano que uma nação pode causa a outra, quando entra em crise. Um pequeno país da Europa, como a Grécia, pode levar todo o grupo a um colapso inimaginável, estendendo-se a todo o globo. Mesmo que as pessoas odeiam gregos, são obrigados a salvá-los, porque se eles afundarem, tudo afunda. É o mesmo caso dos EUA, que por uma série de cagadas próprias entrarem em uma imensa recessão, e agora todo mundo tem que rebolar pra conseguir se safar do colapso.
Olhemos o caso da interminável guerra entre israelenses e palestinos. Tudo porque duas religiões diferentes querem o mesmo pedaço de terra. Não aceitam a presença do estrangeiro, por questões bíblicas (sabe-se lá de onde esses imbecis tiram tais idéias). Quem nasce do outro lado da fronteira, por ser de outro país, é inimigo. É o mesmo que considerar uma pessoa má por ser negra.
Por isso que há muito tempo assumo publicamente que não sou patriota. Não vou fazer nada pela minha pátria, até porque eu não tenho uma. Minha pátria é o bem, ajudar quem precisa, não importa de onde venha. Ser correto, honesto, e viver em paz com quem estiver ao meu lado. Receber com alegria pessoas de outros países, torcendo para que eles se casem com pessoas daqui, pra que tenhamos misturas, e não mais esse pensamento estúpido de que somos nós aqui e eles lá.Não torço pelo Brasil, assim como não torço por outros. Quero que meu país prospere, porque a vida aqui precisa disso, mas quero ver os argentinos prosperarem também, assim como todos os povos da África, da Ásia, etc.
Acredito que o dia em que deixarmos de lado este sentimento exagerado de nação, de patriotismo, e juras honraria, lutas e amor ao país, daremos um bom passo para vivermos em um mundo mais feliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário