domingo, 13 de novembro de 2011

Liberar droga não é liberdade


Um dos temas da moda, após a invasão da USP, é a liberação da maconha. Depois da permissão da marcha da maconha, este tema volta à tona com força, debatendo-se a liberdade de expressão quando defende-se a liberação da droga. Ainda não entendi se as pessoas usam tais termos por pura ignorância, ou se estão agindo com má fé mesmo, tendo tirar proveito da comoção popular.
Liberdade, na minha visão, ocorre quando as pessoas têm as informações necessárias para fazerem escolhas, aceitando ou não tais idéias. Quando as informação não são conhecidas por completo, não existe liberdade, e sim manipulação de idéias, para que um grupo pense de uma determinada forma.Sendo assim, é óbvio que não se pode falar em liberdade de expressão ou liberdade de ação para que seja legalizado o fumo deste erva.
Eu lembro que quando era jovem surgiu o Planet Hemp, com um dos maiores boçais a fazer sucesso no mundo da música: Marcelo D2. A banda defendia abertamente o uso da droga, fazendo afirmações evasivas, como a impossibilidade da droga prejudicar as pessoas, ou a liberdade de ir e vir. O grande problema é que, como defensores da idéia de legalização, a banda jamais expos para seu público o lado negativo da maconha. E todos aqueles que defendem a legalização desta merda, também não.
Obviamente ela tem seu lado positivo, como todas as drogas: relaxa, traz uma grande onda de prazer, mantém a calma, etc. Seria imbecilidade negar tais pontos. O grande problema é que estes prazeres custam o seu preço: disfunção sexual, câncer, morte de neurônios, perda da memória, dificuldade de aprendizado, etc. Problemas estes jamais abordados por quem quer que seja.
Desta forma, apenas um lado da história é passado pelos defensores da droga. Ainda mais quando insistem em dizer que não é droga. Claro que é! Pode ser mais fraca que a maioria, mas tem seus efeitos danosos, trazendo doenças graves e problemas sociais às vezes irreparáveis. E quando se expõe apenas um ponto de vista de quem usa e quer manter o prazer da droga pelo simples prazer de existir, não há qualquer liberdade de expressão ou de manifestação, e sim uma clara manipulação da mente de quem escuta.
Da mesma forma, passamos anos e anos tendo que agüentar a merda do cigarro em tudo quanto era lugar: repartições públicas, restaurantes, hotéis, casas noturnas, etc. Precisamos de uma lei rigorosa pra dar a liberdade de quem odeia essa merda não ser mais obrigado a agüentar esse bando de porcos que adora se suicidar com requintes de crueldade. Mas ainda temos que agüentar essa gente maldita nas ruas, pontos de ônibus e todo lugar aberto, onde ainda é permitida esta merda.
Caso a maconha seja liberada, é desnecessário dizer que o povo é sem educação demais pra evitar o fumo em lugares onde possam prejudicar outras pessoas. Eu, que odeio qualquer tipo de droga, serei obrigado a suportar este cheio maldito na minha cara, e provavelmente ficarei drogado por tabela. Ou seja, ninguém irá pensar na minha liberdade em negar contato com esse lixo.
Por tais motivos que sou radicalmente contra a liberação de qualquer tipo de droga. E vou mais longe: já passou da hora de fazer do cigarro comum uma droga proibida, e tratar fumantes como drogados comuns. Efeitos do cigarro são piores que o da maconha, e mesmo assim finge-se que está tudo bem. E em graus mais elevados, a bebida segue pelo mesmo caminho. E não vejo liberdade de expressão nenhuma quando famílias são destruídas por tais vícios, ou mortes ocorrem em acidentes e acertos de conta. Não há liberdade de expressão quando se tem a alma presa por um vício, cujo efeito jamais foi informado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário