Provavelmente já escrevi sobre o tema
antes. Provavelmente várias vezes. Mas acho que neste momento
pede-se que estejamos atentos. Atualmente, diante dessa onda
conservadora burra, o feminismo virou sinônimo de ofensa. Uma
tremanda imbecilidade vinda da falta de conhecimento.
Sou um grande adepto do feminismo. Já
defendi várias vezes a liberade total feminina, inclusive sexual.
Total igualdade de direitos, oportunidades e tratamento. Acredito que
a arte, no geral, tem grandes expoentes femininos, bem como a
filosofia, a política e diversas áreas do conhecimento humano. Fora
que algumas em que existiam barreiras às mulheres têm sido
quebradas paulatinamente. Ainda muito longe do ideal, mas com um
progresso imenso.
Vejo muitas mulheres criticando o
feminismo. Essas são as mais estúpidas, pois sem o movimento
feminista jamais elas poderiam se manifestar dessa forma, inclusive
contra. A ideia de submissão feminina chegou ao fim com o movimento
feminista. Direitos trabalhistas básicos existem por causa do
movimento feminista.
O que se prega é igualdade de
direitos. Mulheres e homens não são iguais para o feminismo, nem as
mullheres em si. Existe sim um respeito pela diferença pessoal. Mas
todos os seres humanos possuem os mesmos direitos e mesmos deveres,
qualquer que seja o sexo (e a orientação sexual). Essa ideia está
exposta na Declaração Universal dos Direitos Humanos, bem como na
nossa Constituição.
A nossa jurisprudência tem sido
bastante enfática em defender a igualdade entre homens e mulheres.
Leis que protegem mais direitos femininos começam a ser criadas
exatamente para poder equilibrar as forças. A lei Maria da Penha,
por exemplo, existe para coibir a grande quantidade de violência
doméstica sofrida pelas mulheres, uma vez que, como muitos dizem, os
homens são biologicamente mais fortes. Sendo assim, numa situação
de normalidade, a chance de agredirem uma mulher é muito maior do
que a possibilidade delas se defenderem. Daí a necessidade de uma
lei específica para tirar esse excesso de poder dos homens.
Existe uma corrente feminista, não
muito grande, que não me agrada muito: a que trata os homens como
inimigos. Não sei se existe uma teoria filosófica pra isso, mas é
uma tremenda besteira. Uma forma de radicalizar um ótimo movimento.
Até é compreensivo que exista, uma vez que historicamente existe um
tratamento de inferiorização da mulher, onde se coibe ideias, voz,
prazer, e algumas vezes a própria vida. Não é de se estranhar que
nasça uma revolta imoderada. Mas ela não vai resolver nada. Muito
pelo contrário.
Também é lamentável episódios onde
a mulher aparece cagando numa foto de político, pra demonstrar sua
revolta. Não sei o que se espera com esse tipo de ato, mas ajudar
muito a queimar o movimento feminista no Brasil. Uma mulher que não
representa a ideologia como um todo, que chegou a um extremo e passou
dos limites de higiene e respeito ao próprio movimento, atrapalhou
muito mais do que ajudou.
Ainda assim, é um dos movimentos mais
importantes que já passaram pela Terra. É o que possibilita que
muitas mulheres discordem, que cheguem a bons cargos, que teham uma
vida plena, busquem o prazer, não sejam escravas de nenhum homem. E
é extremamente brochante que tantas mulheres ainda se levantem
contra o feminismo.
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