quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Samba e bestialidade do povo


Quem me conhece sabe que eu odeio samba. Tirando o incrível Adoniran Barbosa e consequentemente muita coisa do Demônios da Garoa (talvez até porque o nome remeta a coisas relacionadas ao rock), TODO O RESTO não presta. Mesmo aquilo que tem um monte de gente que adora dizer que é “diferente”, como Fundo de Quintal, Beth Carvalho e Martinho da Villa. Diferente porra nenhuma! Tudo o mesmo rítimo, com letras parecidíssimas. Muda só a velocidade da música.
Anos e anos fazendo a mesma coisa, mesma batida, com instrumentos parecidos, e gente dançando do mesmo jeito. Variações do mesmo tema sem sair do tom. Não entendo como pode uma música que faz a mesma coisa por décadas, mudando única e exclusivamente a velocidade, ser tão idolatrada, ainda mais tendo artista de qualidade mundialmente indiscutível, como Milton Nascimento, Chico Buarque, Gilberto Gil, Gal Costa, Marisa Monte, Paralamas do Sucesso, Sepultura, etc.
Mas no carnaval meu ódio pelo samba é elevado à enésima potência. Até mesmo jornais, que servem para informar, usam seu espaço pra propagar esta maldita festa e esta maldita música. Só que o que irrita mesmo é quando dizem que todo brasileiro gosta de samba. O cacete! Tem brasieliro pra caramba que não se contamina com esta merda! Vamos lembrar no Rock In Rio, quando Sharon Malakian pergunta ao povo carioca “Do You Like Samba?” e ouve como resposta em uníssono: “Nããããããoooooooooooo!”.
E, como já citei em um dos meus primeiros textos do blog, carnaval é uma festa que serve pra algumas empresas poderosas ganharem dinheiro. A criatividade passa longe, seja na música, que repete a mesma merda por horas e horas, há anos e anos, seja pelas letras, que praticamente não trazem nada novo, nem qualquer mínimo lampejo de originalidade, ou seja pelas fantasias, que seguem um regulamento fixo, com isso, não podendo inovar nada fora do que determina uma determinada liga.
Já as pessoas costumam se inspirar em animais selvagens, bebendo até cair, brigando feito loucos, se matando ao volante, e propagando um sexo livre irresponsável, com conseqüências desastrosas (e olha que sou totalmente favorável ao sexo livre). Minha última experiência de carnaval, na Praia Grande, em 2001, foi pra mostrar que esta festa é uma total aberração, onde as pessoas perdem a capacidade de usar o cérebro (tudo bem que boa parte nunca teve mesmo), espalham violência, bebidas e drogas. Foi pra  nunca mais participar dessa merda.
Tirando este determinado momento, em que estamos passando por uma fase difícil, minha vida costuma ser alegre. Tenho os melhores amigos que um homem pode querer, costumamos nos divertir muito, rotineiramente, sem violência ou bebedeira. Tenho um bom emprego, e uma ótima companheira. Não preciso de uma festa pra “extravasar”. Mesmo assim, se quisesse participar de uma, seria de uma maneira mais natural, e procuraria unicamente me divertir, o que quer dizer que preferia manter minhas faculdades mentais sob controle, e não terminar caindo de bêbado.
O grande problema é que, assim como o futebol, o samba e o carnaval são utilizados para imbecilizar a massa. A música é simples, sem nada pra pensar. A festa é a “libertação” da realidade, onde as pessoas podem fazer tudo o que nunca fazem. Tudo o que são roubadas e humilhadas no ano será descontado ali. É a desforra, psicológica. Com isso, dá-se o pão e o circo necessários para manter o controle. Mantém-se o povo longe da realidade. Quando acaba, começa a contagem regressiva para o carnaval do ano que vem. Nada mais inteligente.

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