09 de janeiro, volta do judiciário do recesso. Neste dia eu entreguei meu cargo de chefe de seção. Depois de alguns dias longe, uma curta viagem, e uns dias isolados pra reflexão, cheguei à conclusão que meu caminho não deveria seguir por ali. Entendi que estava ajudando a piorar um momento já deveras ruim.
Um dos primeiros fatos é que eu não estava gostando do cargo. Assumi com algumas promessas que não se cumpriram, especialmente quando não houve uma pessoa para assumir meu posto, e uma quantidade absurda de serviço sobrou nos meus ombros. Como já citei antes, é claro que não consegui dar conta.
Também temos uma quantidade imensa de responsabilidades, com gente enchendo o saco de tudo quanto é lado, querendo as coisas na hora, deixando a mente mais perturbada do que nunca.
Mas estes fatores, em condições normais, poderiam ter sido superados, com um pouco de paciência, pegando o jeito da coisa. O problema é que meu ano de 2011 foi um verdadeiro inferno, terminando ainda mais infernal. Tudo de ruim aconteceu, deixando minha mente ainda mais perturbada, e meu ânimo lá embaixo.
Vi minha noiva num estado emocional terrível. Cheia de traumas e de tristeza e um monte de problemas a serem resolvidos. Com um mau humor latente, ela passou a se entristecer com tudo. Se tornou mais briguenta e sem ânimo pra quase nada. Chegou em um determinado momento em que até se questionou sobre o bem que fazia às pessoas ao seu redor.
Como todos me disseram, eu deveria ser paciente num momento tão difícil, porque iria passar. Mas quando você tem que dar conta do nervoso de todos os que trabalham com você, dar conta de uma quantidade imensa de serviço, dormindo mal, comendo rápido pra trabalhar mais, a coisa fica impossível.
Eu terminei o ano como retrato do mau humor. Estava sempre nervoso, sempre briguento. Não tinha vontade de conversar com pessoas na rua. E estava tão preocupado com minha situação pessoal, que comecei a me atrapalhar no trabalho. Deixava muita coisa de lado, fazia outras tantas errado, e ainda tinha que ouvir desaforos de desembargadores que sequer sabiam da realidade do cartório.
A conclusão óbvia foi que não era o momento certo para estar neste cargo. Ainda porque tenho que aprender muita coisa pra me tornar um bom chefe, e porque tinha que trabalhar de sábado, algumas vezes, o que me geraria ainda mais cansaço, mau humor, e me deixaria menos tempo para estar com minha noiva. E agora, que estamos tentando retomar nossos momentos felizes, isso seria uma problema gravíssimo.
Sendo assim, pesei o que realmente é importante pra mim, quais são minhas metas. E a decisão óbvia é que o principal é estar bem com a mulher que eu amo, e realizar meu sonho de ter uma família. Fazer minha faculdade, tendo algum tempo para estudar, e conseguir manter minha rotina na academia, que tem sido praticada com ela, e tem ajudado muito a recuperar nossa alegria.
Por isso, quatro meses depois, decidi encerrar minha carreira de chefe. Fico feliz que as pessoas queriam que eu tivesse ficado, e estão satisfeitas com meu trabalho. Infelizmente, pelos motivos pessoais descritos, ficarei com a amizade e o carinho das pessoas, mas deixarei o posto para alguém que esteja mais interessado em desempenhar com qualidade esta função. E boa sorte ao novo aventureiro!
Um dos primeiros fatos é que eu não estava gostando do cargo. Assumi com algumas promessas que não se cumpriram, especialmente quando não houve uma pessoa para assumir meu posto, e uma quantidade absurda de serviço sobrou nos meus ombros. Como já citei antes, é claro que não consegui dar conta.
Também temos uma quantidade imensa de responsabilidades, com gente enchendo o saco de tudo quanto é lado, querendo as coisas na hora, deixando a mente mais perturbada do que nunca.
Mas estes fatores, em condições normais, poderiam ter sido superados, com um pouco de paciência, pegando o jeito da coisa. O problema é que meu ano de 2011 foi um verdadeiro inferno, terminando ainda mais infernal. Tudo de ruim aconteceu, deixando minha mente ainda mais perturbada, e meu ânimo lá embaixo.
Vi minha noiva num estado emocional terrível. Cheia de traumas e de tristeza e um monte de problemas a serem resolvidos. Com um mau humor latente, ela passou a se entristecer com tudo. Se tornou mais briguenta e sem ânimo pra quase nada. Chegou em um determinado momento em que até se questionou sobre o bem que fazia às pessoas ao seu redor.
Como todos me disseram, eu deveria ser paciente num momento tão difícil, porque iria passar. Mas quando você tem que dar conta do nervoso de todos os que trabalham com você, dar conta de uma quantidade imensa de serviço, dormindo mal, comendo rápido pra trabalhar mais, a coisa fica impossível.
Eu terminei o ano como retrato do mau humor. Estava sempre nervoso, sempre briguento. Não tinha vontade de conversar com pessoas na rua. E estava tão preocupado com minha situação pessoal, que comecei a me atrapalhar no trabalho. Deixava muita coisa de lado, fazia outras tantas errado, e ainda tinha que ouvir desaforos de desembargadores que sequer sabiam da realidade do cartório.
A conclusão óbvia foi que não era o momento certo para estar neste cargo. Ainda porque tenho que aprender muita coisa pra me tornar um bom chefe, e porque tinha que trabalhar de sábado, algumas vezes, o que me geraria ainda mais cansaço, mau humor, e me deixaria menos tempo para estar com minha noiva. E agora, que estamos tentando retomar nossos momentos felizes, isso seria uma problema gravíssimo.
Sendo assim, pesei o que realmente é importante pra mim, quais são minhas metas. E a decisão óbvia é que o principal é estar bem com a mulher que eu amo, e realizar meu sonho de ter uma família. Fazer minha faculdade, tendo algum tempo para estudar, e conseguir manter minha rotina na academia, que tem sido praticada com ela, e tem ajudado muito a recuperar nossa alegria.
Por isso, quatro meses depois, decidi encerrar minha carreira de chefe. Fico feliz que as pessoas queriam que eu tivesse ficado, e estão satisfeitas com meu trabalho. Infelizmente, pelos motivos pessoais descritos, ficarei com a amizade e o carinho das pessoas, mas deixarei o posto para alguém que esteja mais interessado em desempenhar com qualidade esta função. E boa sorte ao novo aventureiro!
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