quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O mal do álcool


Estou realmente impressionado com a quantidade de pessoas que estão se vangloriando, especialmente no facebook, com o fato de terem bebido bastante em 2011. Aliás, a primeira pergunta a ser feita sobre a virada de ano, é se eu enchi a cara. Quando recebo algum convite, é pra “tomar uma”. Parece que o álcool se tornou quesito obrigatório na sociabilidade.
Primeiramente, deixando bem claro, eu não bebo. Gosto de vinho suave, mas meio copo está mais do que suficiente. Se eu começo a ficar minimamente tonto, já paro de beber. Cerveja é uma das piores coisas que já provei na vida. Não sei como tanta gente consegue tomar um troço amargo e de gosto tão ruim quanto isso. Se eu estiver com muito calor, a ponto de uma cerveja gelada ser uma opção viável, vou pedir uma Coca Cola bem gelada, um suco, ou uma água trincando. Cerveja não faz parte de qualquer das minhas opções.
Não tenho nada contra quem gosta de beber alguma coisa. A maior parte dos meus amigos adora cerveja, e em todas as festas temos um pouco. O que eu odeio é passar da conta, ficar bêbado, dar vexame, e às vezes até vomitar. Neste momento a diversão acaba, e cria-se um clima de tensão e preocupação no ar, além é claro de irritabilidade por parte de quem o bebaço está enchendo a paciência.
Além disso, fica aquele cheiro horrível na boca. Minha noiva disse que gostava de cerveja, apesar de beber pouco. Mesmo assim, depois que começamos a namorar, nunca mais bebeu perto de mim, porque sabia que o cheiro que fica é insuportável. E eu sou um dos caras mais chatos do planeta pra hálito. Nunca pedi pra ela parar de beber, mas confesso que fiquei bastante feliz com a decisão.
O maior problema de todos vem do fato do álcool ser uma droga extremamente social. Pessoas destroem suas vidas por causa dessa merda. Deixam de lado famílias, emprego, harmonia, amor... homens espaçam suas mulheres, mulheres passam a viver como trapos. Pessoas passam a brigar o tempo todo. A condição da casa torna-se degradável. Com apoio legal, o álcool arruína toda uma sociedade.
Fora isso, temos o caso claro da imbecilidade elevada à enésima potência, quando alguns idiotas bebem até cansar, e depois vão dirigir. Não cansamos ainda de ver a quantidade de merdas que isso traz, com morte de inocentes, inclusive crianças e grávidas. Pessoas são atropeladas todos os dias. Pessoas destroem carros, vidas de inocentes, as próprias vidas, e a vida de pessoas que amam quem morreu. A conseqüência disso é um desastre desproporcional.
Claro, se o cara quer se matar, cada um tem o direito de decidir sobre sua vida. Mas levar junto pessoas que não têm nada a ver com sua imbecilidade, é demais. E arruinar vida de várias famílias (inclusive a sua), passa bastante dos limites da imbecilidade. Infelizmente, muitas vezes esse grupo de amebas é estimulada pela própria família.
Como citado, nada contra um pouco de bebida. Realmente gosto muito de vinho. De vez em quando, em festas, tomo uns goles de caipirinha, e em bares, às vezes peço uma espanhola, pra beber com a Vanessa. Tudo muito moderado, e respeitando muito os limites do meu corpo. Quando começo a perder o controle, é hora de parar. Não temos, na maior parte do tempo, o controle do próprio corpo. Dar mais asas para esse descontrole, na minha visão, é um das maiores burrices que uma pessoa pode fazer.
Mas, acima de tudo, temos que ter respeito com algumas pessoas. Mesmo que não nos demos exemplarmente bem com os pais, como foi meu caso por anos, ou que queiramos comemorar com nosso parceiro, isso não da o direito de arruinar a vida destas pessoas, com vícios tão destrutivos, ou com atitudes suicidas. Provavelmente estas pessoas jamais irão se recuperar dos traumas causados pela nossa insanidade.

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