Cheguei em casa hoje e na TV está passando o VT de Internacional e Veranópolis, pelo campeonato gaúcho. À tarde passaria o jogo entre Botafogo de Ribeirão Preto e Comercial, pelo Paulista. Amanhã teremos na Globo o jogo entre Catanduvense e Palmeiras. Os estaduais reúnem em geral, uma média de 16 times, exceção feita ao paulista, que tem o incrível número de 20 participantes.
Quando penso no Campeonato Brasileiro, que tem 20 times, tenho a real noção do quão esmigalhados são nossos estaduais. O Brasileiro reúne os melhores times do país, incluindo estruturas melhores, pois para superar uma série de divisões, e centenas de times pelo país, não da pra colocar qualquer time pra jogar. É preciso ter um bom clube, bons salários, elenco forte e muita torcida.E mesmo assim, ao analisar o torneio do ano passado, sabemos que o campeonato é péssimo, com jogos horríveis, e times sofríveis. Basta ver que o melhor time da América levou uma baile no mundial, e nem jogou com seriedade o brasileiro.
Daí pegamos um Paulista, que o Estadual mais forte do país. Quatro times grandes entram sempre com chance de título. Fatalmente os quatro farão as semi finais. Às vezes temos uma ou outra surpresa, mas em geral, um grande é campeão. São 23 jogos em quatro tortuosos meses, pra se apurar qual dos quatro será campeão. Os outros 16 times entram só pra dar trabalho.
Quando falamos dos demais campeonatos estaduais, o abismo é multiplicado a enésima potência. Alguns estados possuem apenas dois grandes, e com raríssimas exceções, fazem a final todo ano. Depois de quase quatro meses, temos os mesmo times, ano após ano, lutando pelo título. Os demais tentam chegar à quarta divisão do futebol brasileiro, pra serem eliminados na primeira fase.
Veranópolis, Catanduvense, Entreriense, Vila Velha, Uberaba, Operário, Central, Juazeiro... a lista vai longe. Times inexpressivos, que nunca conseguem nada. Com muita sorte, disputam um ou dois jogos na Copa do Brasil, conseguem um acesso à Série C. Mantém-se no futebol porque os estaduais são extremamente inchados, longos e desnecessários. Receber times grandes em sua cidade dão um mísero fôlego, retirando oxigênio do melhor do nosso futebol.
Acho que podemos manter os estaduais. Porém, a primeira medida é reduzir o número de times drasticamente. Em cada estado, contar com 10 participantes está mais do que bom. São Paulo, por ter times realmente fortes no interior, poderia ter algo mais, como uns 14 ou 16. Depois disso, diminuir o número do jogos. Ter algo parecido com a Libertadores, com uns quatro times por grupo, e após uma primeira fase de seis jogos, entrarmos logo num mata-mata até a final, seria ideal. Terminar o torneio com 10 a 12 jogos estaria de bom tamanho. Menos seria melhor, mas sabemos que isso seria logisticamente impossível.
Algo que diminuísse a possibilidade de erros, desse mais chances aos pequenos, e não forçasse os grandes a tantos jogos em torneios tão desinteressantes. Fora que talvez motivasse os torcedores a freqüentarem mais os estádios neste tipo de torneio, pois como sabemos, no ano passado, não só a audiência da TV caiu, como o público diminuiu, exceto nas fases finais, e em alguns clássicos.
Enxugar os estaduais é uma das poucas maneiras de manter viva a qualidade técnica do nosso futebol, assim como o pouco prazer que restou destes torneios. Caso contrário, o desinteresse será cada dia maior, como vemos acontecer nos dias de hoje.
Quando penso no Campeonato Brasileiro, que tem 20 times, tenho a real noção do quão esmigalhados são nossos estaduais. O Brasileiro reúne os melhores times do país, incluindo estruturas melhores, pois para superar uma série de divisões, e centenas de times pelo país, não da pra colocar qualquer time pra jogar. É preciso ter um bom clube, bons salários, elenco forte e muita torcida.E mesmo assim, ao analisar o torneio do ano passado, sabemos que o campeonato é péssimo, com jogos horríveis, e times sofríveis. Basta ver que o melhor time da América levou uma baile no mundial, e nem jogou com seriedade o brasileiro.
Daí pegamos um Paulista, que o Estadual mais forte do país. Quatro times grandes entram sempre com chance de título. Fatalmente os quatro farão as semi finais. Às vezes temos uma ou outra surpresa, mas em geral, um grande é campeão. São 23 jogos em quatro tortuosos meses, pra se apurar qual dos quatro será campeão. Os outros 16 times entram só pra dar trabalho.
Quando falamos dos demais campeonatos estaduais, o abismo é multiplicado a enésima potência. Alguns estados possuem apenas dois grandes, e com raríssimas exceções, fazem a final todo ano. Depois de quase quatro meses, temos os mesmo times, ano após ano, lutando pelo título. Os demais tentam chegar à quarta divisão do futebol brasileiro, pra serem eliminados na primeira fase.
Veranópolis, Catanduvense, Entreriense, Vila Velha, Uberaba, Operário, Central, Juazeiro... a lista vai longe. Times inexpressivos, que nunca conseguem nada. Com muita sorte, disputam um ou dois jogos na Copa do Brasil, conseguem um acesso à Série C. Mantém-se no futebol porque os estaduais são extremamente inchados, longos e desnecessários. Receber times grandes em sua cidade dão um mísero fôlego, retirando oxigênio do melhor do nosso futebol.
Acho que podemos manter os estaduais. Porém, a primeira medida é reduzir o número de times drasticamente. Em cada estado, contar com 10 participantes está mais do que bom. São Paulo, por ter times realmente fortes no interior, poderia ter algo mais, como uns 14 ou 16. Depois disso, diminuir o número do jogos. Ter algo parecido com a Libertadores, com uns quatro times por grupo, e após uma primeira fase de seis jogos, entrarmos logo num mata-mata até a final, seria ideal. Terminar o torneio com 10 a 12 jogos estaria de bom tamanho. Menos seria melhor, mas sabemos que isso seria logisticamente impossível.
Algo que diminuísse a possibilidade de erros, desse mais chances aos pequenos, e não forçasse os grandes a tantos jogos em torneios tão desinteressantes. Fora que talvez motivasse os torcedores a freqüentarem mais os estádios neste tipo de torneio, pois como sabemos, no ano passado, não só a audiência da TV caiu, como o público diminuiu, exceto nas fases finais, e em alguns clássicos.
Enxugar os estaduais é uma das poucas maneiras de manter viva a qualidade técnica do nosso futebol, assim como o pouco prazer que restou destes torneios. Caso contrário, o desinteresse será cada dia maior, como vemos acontecer nos dias de hoje.