quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

VIAGEM DO TERROR


Eu acordo, e parece que não dormi
Meus olhos quase não abrem
Mas aquele barulho dos infernos
Continua a me obrigar a levantar

Eu tomo meu café, escovo meus dentes
Escolho a primeira roupa que vejo na frente
Me visto do jeito que dá
Pego a mochila, e vou embora

Uma longa caminhada para despertar
Me preparando para um longo dia pela frente
Onde o trabalho me espera
E eu nem consigo pensar direito...

Mas aí, um grande mal deve ser enfrentado
Quando eu encaro a multidão
Centenas de pessoas de aglomeram
Para chegarem aos seus destinos

O tempo é curto, o chefe não tem piedade
Não há tempo para vacilos
Não há tempo para gentilezas
Temos que chegar antes do sino

As pessoas começam a te pressionar
Você se vê contra a parede
Não há mais espaço
Mesmo assim, a multidão continua vindo

Paradas no meio do caminho
Enlouquecem quem está prestes a se atrasar
O ar começa a ficar escasso
Respondidos por poucas desculpas

O desespero leva à corrida
Mulheres são empurradas
Grávidas têm que se proteger
Idosos não tem vez

O desespero te domina
Te leva a perder o juízo
Aquilo é o verdadeiro pesadelo
Que você não quer mais viver

Mas o alívio chega
O desespero enfim termina
Levando sua tranqüilidade
Assim que você chega à estação

Nenhum comentário:

Postar um comentário