quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ODE-AO CIGARRO


Quando uma pessoa cheira cocaína
Uma comunidade se alarma para seu caos
Sabem que ele está destruindo a sua vida
Sabem o que ele está fazendo
Se drogar é algo terrível e lamentável
E contra as leis

Mas por que nem todas as drogas são ilegais?
Quando uma pessoa acende um cigarro
Poucos falam qualquer coisa contra
Poucos repreendem seu ato

A indústria tabagista tem muito poder
Para fazer você acreditar
Que o cigarro não é uma droga
Que te faz uma pessoa livre
“Mas com alguma coisa em comum”

Cavaleiros correndo pelas montanhas
Gente bonita e juvenil
Que acredita ter o espírito da liberdade
Estar sendo rebelde
Relaxando a cada tragada

Mas esquecem de mencionar
Os males que esse lixo causa
Sobre suas substâncias tóxicas
Que envenenam o seu sangue
Que apodrecem seus órgãos
Envelhecem sua pele

Poucos falam sobre o que o cigarro
Faz com o pulmão dos fumantes
Debilitando sua capacidade respiratória
Tirando seu funcionamento normal
Até você não poder mais respirar sozinho

Se você já viu um fumante com câncer
Ou enfisema em estado terminal
Sabe do que eu estou falando
Sabe como é triste seu fim
Lento, cheio de dor, cheio de remédios
Com uma máquina para terem ar

Sabem o quanto isso destrói os seus dentes
Deixando suas gengivas escuras como as trevas
Destruindo sua garganta pouco a pouco
Tirando a sensibilidade do paladar
A capacidade perfeita do seu olfato
Sem sequer você perceber

E sua pele constará aquele cheiro
Como se um fosse um cinzeiro
Cheio de pequenos pontos pretos
Que você terá certeza de serem cravos

Olhe a ponta dos seus dedos
Te parecem amarelados?
Será que há relação?
Você sente o cheiro no seu cabelo
Ou nas roupas que tanto gosta

O mal que você causa a quem te cerca
Obrigando a sentir esse cheiro
Respirar o seu ar nicotinado
Que ele não escolheu participar
Você o obriga a dar facadas no peito
Uma espetadinha de nada por dia

Você coloca esse cheiro em suas roupas e seu cabelo
Joga o seu cigarro no chão
Mostra que você está cagando para os outros
E para você mesmo

Um dia haverá a consciência
Do que esse lixo faz
Essa máquina de matar
Torturando por décadas
Que traz tantas lágrimas
E continua impune

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