Quando eu era adolescente, peguei um certo trauma de comer carne. Eu lembro que meu pai dizia que a carne demorava meses para ser digerida pelo nosso organismo, e apodrecia no estômago. Obviamente continuei comendo carne, mas evitava o máximo que podia. Nunca fui do tipo naturalista, mas passei a não dar muita importância para carnes e coisas do tipo.
Não sabia o que continha cada alimento, o que engordava, o que fazia mal.
Daí comecei a namorar com a Vanessa, uma nutricionista. E lembro bem de uma conversa de pizzaria, com uma amiga dela, falando sobre minha hipertensão e minhas pedras nos rins. Daí a Juliana disse que o problema era o Sódio. Não consigo lembrar mais nada depois disso, só lembro que fiquei tão confuso que foi inevitável começar a rir. Ela ficou doida da vida, e eu não fazia idéia de que raios vinha a ser o tal do Sódio. Só lembrava de ter visto isso nas aulas de Química da escola, que por sinal eu detestava.
Daí comecei a me interessar um pouco pelo assunto, e comecei a fazer uma série incríveis de perguntas à minha noiva. Ela chegou algumas vezes a ficar nervosa com isso. Mas eu sou mais insistente. Tentei entender o máximo que eu podia sobre o assunto. Pesquisei com ela o que era melhor de comer, o que fazia mal, como comer.
Aboli frituras da minha vida. São raras as vezes em como essas coisas hoje em dia. Tento ardentemente diminuir os doces, sendo uma grande fraqueza o chocolate. Tiro totalmente a gordura das carnes, e as faço muito bem passadas. Tento comer sempre que possível legumes e vegetais. Nada de refrigerantes em casa.
Logicamente quando como na casa de algum amigo ou parente, aceito o que tem, mesmo que seja algo acima citado. Mas minha saúde melhorou muito depois disso. E engraçado como agente se acostuma. Eu nunca mais comi hambúrguer, o que era muito comum quando eu morava com o Igor, e sinceramente, não sinto a menor falta. Refrigerante então é algo que eu nem olho quando estou na rua.
Uma coisa muito interessante foi a insistência da Vanessa para que eu comesse frutas. Eu gostava sim, mas não era um hábito. Daí, ela me torrou tanto a paciência, que eu comecei a comer, como se fosse remédio. Fui sentindo prazer com a maior parte delas, e no fim, hoje, se não for à feira comprar as minhas frutas uma vez por semana, fico doido.
Agora estou vivendo meu mais novo e difícil desafio: comer um pouco mais devagar. Isso realmente tem sido um parto, mas aparentemente, estou tendo sucesso. E estou me sentindo melhor com isso. Não quero comemorar vitória, pois pra quem vive num ritmo alucinante, não da pra garantir que isso não vá acontecer. Mas estou feliz com meu progresso até o presente momento.
E no fim das contas, um certo conhecimento de nutrição ajuda violentamente um ser humano. Quando você passa a ter algumas boas regras alimentares, sua saúde melhora sensivelmente. Ainda estou um pouco acima do peso, mas praticamente não tenho mais pressão alta, meu rim nunca mais voltou a doer como antes, meu fôlego anda muito bem, e eu estou viciado em atividades físicas. A única coisa que me arrependo é não ter conhecido isso antes!
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