sexta-feira, 12 de março de 2010

Relacionamentos nada duradouros

Meus pais devem ter se separado uma dúzia de vezes ao longo dos 21 anos que moramos juntos. E sempre eram os mesmos motivos. Algumas pessoas chegaram a dizer que iriam rezar para que o casamento deles se firmasse, enquanto eu pedia enlouquecidamente para que elas não fizessem isso, pois eles não conseguiram e jamais conseguiriam ser felizes juntos.

Tem hora que vira algo como dar murro em ponta de faca você tentar manter um relacionamento por tempo demais, sabendo que ele está destruindo sua vida, e você só é infeliz nele. Por mais que o amor seja grande, a coisa é ruim para nós, não boa. Eu fiz essa besteira, por quase dois anos. Tentei muito que um relacionamento desse certo, mesmo recheado de problemas, que no meu íntimo eu sabia que jamais iriam ser resolvidos. Mesmo assim, eu tentei esgotar todas as possibilidades, e quase esgotei a mim mesmo.

Estes dias comecei a conversar com a minha vizinha, e sem querer perguntei do marido dela, que eu não vira mais. Ela me disse que no dia 13 de janeiro de 2010 ele foi embora de casa, e que eles haviam se separado. Os dois casaram em maio de 2009. Casados mesmo, ficaram menos de oito meses.

E isso me fez refletir bastante sobre estes relacionamentos relâmpago que as pessoas estão se metendo hoje em dia. Nem vou comentar sobre a época do namoro, pois tudo é lindo no namoro, mesmo não sendo. Mas o incrível é que as pessoas descartam umas às outras como se fossem objetos que deram algum tipo de problema técnico, e não servissem mais para nada.

Não existe diálogo, tentativa de ajustar as coisas. Não existe algum real e verdadeiro. Tudo acaba quando começam a surgir os problemas. As pessoas sofrem um pouco no começo, e em seguida estão entrando em novos relacionamentos, agindo como sempre agiram.

Parece que estamos vivendo mesmo em momentos de total frieza. Não há mais sentimentos reais e duradouros. As pessoas não se importam de verdade mais umas com as outras. Aquele lance de “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, não existe mais.

O amor hoje se desfaz como a poeira no vento.

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