Passamos um ano do nosso governo
nazista. As demonstrações, projetos e ações demonstram,
inequivocadamente, que estamos diante de um governo nazista em todos
os sentidos. E nesse um ano, o temor gerado antes desse quadrúpede
se candidatar à presidência, ficando ainda mais intenso na época
da eleição, mostrou que é muito pior do que prevíamos.
O que estamos vendo no atual governo é
um conservadorismo atroz, que está sendo instalado como política de
Estado. E em geral, eu não tenho nada contra a pessoa escolher levar
um estilo de vida conservador. A ideia de liberdade é você fazer o
que acha melhor para sua vida. Mas essa mesma ideia de liberdade
indica que eu também tenho o direito de viver segundo o que
considero mais apropriado. E não aceito uma vida conservadora, nem
que pessoas façam isso por mim.
Começamos com uma perseguição voraz
de professores, com a justificativa que há uma pregação de
esquerda para alunos, com um tal de marxismo cultural (algo que teria
sido muito menos danoso se as pessoas pelo menos entendessem o que
significa a palavra “cultura”), com a ideia de se proibir o
debate político em sala de aula, de proibir que se critique
governos, especialmente os conservadores.
Logo em seguida começamos uma
perseguição a grupos minoritários, índios, sendo responsáveis
pelo freio de desenvolvimento econômico, ao se proteger suas terras.
Homossexuais, acusados de influenciarem pessoas a seguir seus passos,
num vômito de ignorância, onde ainda, em pleno século XXI, ainda
se acredita que homossexualismo é transmissível. A perseguição
aos homossexuais ainda mais intensa quando se coloca como errado a
simples possibilidade deles estarem livres para serem quem são, em
locais públicos.
Uma tentativa aberta de se implantar
como algo oficial o cristianismo no país, justificando ser algo
cultural e maioritário (mais uma vez temos um erro grosseiro do que
é cultura). Tratamos todos aqueles que não são cristãos,
especialmente os que seguem uma religião africana, como seres
malignos que querem destruir a sociedade. Quem não creem em Deus,
como é o meu caso, vem aos poucos sendo tratado como vilão,
novamente, depois de séculos de evolução. A mais alta demonstração
de retorno à Idade Média.
A liberdade sexual também vem
sofrendo ataques no atual governo. Uma campanha patética de
abstinência sexual tratada como política de Estado, que claramente
tem como público-alvo mulheres jovens e solteiras. Algo
inacreditavelmente retrógrado e sem sentido, uma vez que já
deveríamos estar mais do que convencidos que o sexo é uma das
melhores partes da vida, natural, altamente recomendável, e muito
simples de se prevenir situações indesejadas, como doenças e
gravidez. E mais além: ainda não conseguimos entender que a mulher
pode ter desejos, prazer, orgasmos, sem atrelar isso a amor ou a um
possível compromisso com algum homem. A quantidade de parceiros ou
vezes que ela transa não deveria ser determinante para julgar o
caráter das mulheres. Estamos no século XXI!!!!!
Fora que temos um aparelho do Estado
totalmente voltado para a proteção de um determinado grupo.
Parentes empregados em gabinetes, exclusão de lista de investigação
de parentes do presidente da república(o seu presidente, não meu),
procurador indicado ao gosto do presidente, um ministro da justiça
que agiu sem nenhum pudor para modificar o resultado das eleições,
e agora protege descaradamente pessoas ligadas ao chefe, num claro
intuito de ser um ministro do STF... ou seja, tudo aquilo que era
criticado em governos anteriores está escancarado, sem nenhuma
vergonha. E agora, as mesmas pessoas que antes ficavam revoltadas
batem palma e defendem a todo custo.
Fora a incrível propagação de ódio
a tudo e a todos que se posicionam contra o governo. Perseguição de
jornalistas, ameaças de morte a blogueiros, cineastas, atores,
artistas. O rock se tornou coisa do demônio (de novo), a classe
artística (da qual faço parte, é bom lembrar), se tornou
propagadora do esquerdismo e inimiga do país. Ódio pra todo lado,
pra todos os que ousam se levantar contra.
Esse foi o principal motivo de eu ter
me afastado completamente dessa gente. São pessoas que não agregam
em nada a vida de ninguém. Querem o atraso, o medieval. Querem
controlar a vida e as ações de todos. Querem que sua opinião seja
enfiada goela abaixo de todos, à força, se for necessário. E se
não conseguirem (como não vão), pregam abertamente a morte e a dor
para todos os que pensam diferente. Estou exagerando? Parece que o
ataque ao Porta dos Fundos, ataque físico, não me deixa dúvidas. O
número de homossexuais mortos cresceu assustadoramente. Assassinatos
de protetores do meio ambiente, de defensores dos direitos humanos
levam o país, em um ano, ao topo da lista dos países que mais matam
essas pessoas. A agressão a mulheres, com estupro e assassinatos
disparou no atual (des)governo. Vivemos um show de violência e ódio.
Essas pessoas precisam ser contidas,
urgentemente. Não quem tem uma ideologia de direita. As pessoas têm
esse direito, e sem a menor sombra de dúvidas existem coisas muito
boas na direita, que temos que ouvir e saber aplicar para uma
sociedade melhor. Mas isso num debate, numa troca de ideias, na
tentativa de entender o certo e o errado. Nunca na violência ou na
forçação de barra.
Pessoas assim se tornam um perigo.
Como parte de algumas dessas minorias, eu me sinto muito ameaçado
atualmente. Sinto que demonstrar o que eu penso é imediatamente
colocar a minha vida em risco. E eu me recuso a permanecer calado
pelo medo. Então sim, minha vida está em risco. Como a de toda e
qualquer pessoa que tente agir de forma diferente dessa loucura
instalada. Algumas dessas pessoas nem se deram conta.
E atualmente, sendo atacado no que eu
penso, na minha profissão, na minha “fé”, na minha ideologia,
eu vou reagir. Sempre. Já deixei de considerar amigos pessoas que
propagam esse ódio. Uma pessoa assim não quer o meu bem de forma
alguma, nem o bem de ninguém que seja diferente dela. Não há como
manter qualquer vínculo com tais seres. Nem mesmo parentes eu quero
por perto, que venham com essa aberração. Não quero pessoas assim
perto do meu filho. Porque meu filho poderá vir a fazer parte de
alguma minoria, e então essas pessoas passarão a ser um risco à
vida do meu filho. Aí então eu posso garantir que serão essas
pessoas que estarão colocando a vida em risco, porque eu não vou
ter absolutamente nenhum vacilo em defender o meu filho do jeito que
for necessário.
Se as pessoas não conseguem abrir os
olhos, e respeitar os direitos de cada um de serem diferentes, de
seguirem o que achar melhor, de viverem suas vidas da forma como
consideram o mais próximo da felicidade, se querem intervir na vida
dos outros para impor seu ponto de vista a qualquer custo, essas
pessoas são sim uma ameaça real, e não merecem qualquer respeito.
O que temos agora, no atual
(des)governo é o momento mais perigoso nos últimos 50 anos. Algo
que precisa ser combatido a qualquer custo. Não só os que estão no
poder, como os que os sustentam lá, são uma total ameaça. Se as
pessoas não acordarem, todas elas, mais uma vez, será tarde demais.
Toda a história já mostrou onde isso termina.
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