segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

HORA DE ACORDAR


Passamos um ano do nosso governo nazista. As demonstrações, projetos e ações demonstram, inequivocadamente, que estamos diante de um governo nazista em todos os sentidos. E nesse um ano, o temor gerado antes desse quadrúpede se candidatar à presidência, ficando ainda mais intenso na época da eleição, mostrou que é muito pior do que prevíamos.
O que estamos vendo no atual governo é um conservadorismo atroz, que está sendo instalado como política de Estado. E em geral, eu não tenho nada contra a pessoa escolher levar um estilo de vida conservador. A ideia de liberdade é você fazer o que acha melhor para sua vida. Mas essa mesma ideia de liberdade indica que eu também tenho o direito de viver segundo o que considero mais apropriado. E não aceito uma vida conservadora, nem que pessoas façam isso por mim.
Começamos com uma perseguição voraz de professores, com a justificativa que há uma pregação de esquerda para alunos, com um tal de marxismo cultural (algo que teria sido muito menos danoso se as pessoas pelo menos entendessem o que significa a palavra “cultura”), com a ideia de se proibir o debate político em sala de aula, de proibir que se critique governos, especialmente os conservadores.
Logo em seguida começamos uma perseguição a grupos minoritários, índios, sendo responsáveis pelo freio de desenvolvimento econômico, ao se proteger suas terras. Homossexuais, acusados de influenciarem pessoas a seguir seus passos, num vômito de ignorância, onde ainda, em pleno século XXI, ainda se acredita que homossexualismo é transmissível. A perseguição aos homossexuais ainda mais intensa quando se coloca como errado a simples possibilidade deles estarem livres para serem quem são, em locais públicos.
Uma tentativa aberta de se implantar como algo oficial o cristianismo no país, justificando ser algo cultural e maioritário (mais uma vez temos um erro grosseiro do que é cultura). Tratamos todos aqueles que não são cristãos, especialmente os que seguem uma religião africana, como seres malignos que querem destruir a sociedade. Quem não creem em Deus, como é o meu caso, vem aos poucos sendo tratado como vilão, novamente, depois de séculos de evolução. A mais alta demonstração de retorno à Idade Média.
A liberdade sexual também vem sofrendo ataques no atual governo. Uma campanha patética de abstinência sexual tratada como política de Estado, que claramente tem como público-alvo mulheres jovens e solteiras. Algo inacreditavelmente retrógrado e sem sentido, uma vez que já deveríamos estar mais do que convencidos que o sexo é uma das melhores partes da vida, natural, altamente recomendável, e muito simples de se prevenir situações indesejadas, como doenças e gravidez. E mais além: ainda não conseguimos entender que a mulher pode ter desejos, prazer, orgasmos, sem atrelar isso a amor ou a um possível compromisso com algum homem. A quantidade de parceiros ou vezes que ela transa não deveria ser determinante para julgar o caráter das mulheres. Estamos no século XXI!!!!!
Fora que temos um aparelho do Estado totalmente voltado para a proteção de um determinado grupo. Parentes empregados em gabinetes, exclusão de lista de investigação de parentes do presidente da república(o seu presidente, não meu), procurador indicado ao gosto do presidente, um ministro da justiça que agiu sem nenhum pudor para modificar o resultado das eleições, e agora protege descaradamente pessoas ligadas ao chefe, num claro intuito de ser um ministro do STF... ou seja, tudo aquilo que era criticado em governos anteriores está escancarado, sem nenhuma vergonha. E agora, as mesmas pessoas que antes ficavam revoltadas batem palma e defendem a todo custo.
Fora a incrível propagação de ódio a tudo e a todos que se posicionam contra o governo. Perseguição de jornalistas, ameaças de morte a blogueiros, cineastas, atores, artistas. O rock se tornou coisa do demônio (de novo), a classe artística (da qual faço parte, é bom lembrar), se tornou propagadora do esquerdismo e inimiga do país. Ódio pra todo lado, pra todos os que ousam se levantar contra.
Esse foi o principal motivo de eu ter me afastado completamente dessa gente. São pessoas que não agregam em nada a vida de ninguém. Querem o atraso, o medieval. Querem controlar a vida e as ações de todos. Querem que sua opinião seja enfiada goela abaixo de todos, à força, se for necessário. E se não conseguirem (como não vão), pregam abertamente a morte e a dor para todos os que pensam diferente. Estou exagerando? Parece que o ataque ao Porta dos Fundos, ataque físico, não me deixa dúvidas. O número de homossexuais mortos cresceu assustadoramente. Assassinatos de protetores do meio ambiente, de defensores dos direitos humanos levam o país, em um ano, ao topo da lista dos países que mais matam essas pessoas. A agressão a mulheres, com estupro e assassinatos disparou no atual (des)governo. Vivemos um show de violência e ódio.
Essas pessoas precisam ser contidas, urgentemente. Não quem tem uma ideologia de direita. As pessoas têm esse direito, e sem a menor sombra de dúvidas existem coisas muito boas na direita, que temos que ouvir e saber aplicar para uma sociedade melhor. Mas isso num debate, numa troca de ideias, na tentativa de entender o certo e o errado. Nunca na violência ou na forçação de barra.
Pessoas assim se tornam um perigo. Como parte de algumas dessas minorias, eu me sinto muito ameaçado atualmente. Sinto que demonstrar o que eu penso é imediatamente colocar a minha vida em risco. E eu me recuso a permanecer calado pelo medo. Então sim, minha vida está em risco. Como a de toda e qualquer pessoa que tente agir de forma diferente dessa loucura instalada. Algumas dessas pessoas nem se deram conta.
E atualmente, sendo atacado no que eu penso, na minha profissão, na minha “fé”, na minha ideologia, eu vou reagir. Sempre. Já deixei de considerar amigos pessoas que propagam esse ódio. Uma pessoa assim não quer o meu bem de forma alguma, nem o bem de ninguém que seja diferente dela. Não há como manter qualquer vínculo com tais seres. Nem mesmo parentes eu quero por perto, que venham com essa aberração. Não quero pessoas assim perto do meu filho. Porque meu filho poderá vir a fazer parte de alguma minoria, e então essas pessoas passarão a ser um risco à vida do meu filho. Aí então eu posso garantir que serão essas pessoas que estarão colocando a vida em risco, porque eu não vou ter absolutamente nenhum vacilo em defender o meu filho do jeito que for necessário.
Se as pessoas não conseguem abrir os olhos, e respeitar os direitos de cada um de serem diferentes, de seguirem o que achar melhor, de viverem suas vidas da forma como consideram o mais próximo da felicidade, se querem intervir na vida dos outros para impor seu ponto de vista a qualquer custo, essas pessoas são sim uma ameaça real, e não merecem qualquer respeito.
O que temos agora, no atual (des)governo é o momento mais perigoso nos últimos 50 anos. Algo que precisa ser combatido a qualquer custo. Não só os que estão no poder, como os que os sustentam lá, são uma total ameaça. Se as pessoas não acordarem, todas elas, mais uma vez, será tarde demais. Toda a história já mostrou onde isso termina.

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