O vídeo gravado pelo secretário da
cultura reproduzindo detalhadamente a fala e a estrutura feitas pelo
mentor do governo nazista escancararam o ideal nazista que há no
governo brasileiro. Já estava claro, com sinais que não deixavam
muitas dúvidas. Alvim apenas esfregou na cara das pessoas, e por
isso foi demitido.
Dias antes o (des)governo divulgou um
edital para um prêmio da cultura. Este edital fazia claras
referências a um determinado tipo de arte, nacional, com conceitos
bem definidos de beleza, de valores morais e de ideias. Algo
claramente nazista. E não porque colocaram indícios de nazismo
nesse edital, mas porque o governo nazista alemão fez exatamente
isso. A Alemanha nessa época perseguiu toda forma de manifestação
artística que não se enquadrasse aos seus conceitos. Tudo que não
enalteça a pátria, que desvirtuasse os pseudo-valores morais que
eles queriam propagar, que ficasse contra o cristianismo, que
tentasse fazer as pessoas pensarem, era considerado subversivo e
atacado.
A arte não tem como papel, em momento
e lugar nenhum do mundo, servir um determinado grupo ou país. A arte
é subversão, sempre. A ideia principal da arte é instigar,
polemizar, causar impacto. Não pode ser enquadrada em nada
pré-estabelecido, pré-moldado. Quando o governo determina o que
pode ou não ser feito e tido como arte, fica claro que já não há
mais arte nessa produção.
Outra estupidez é determinar o que
poderá ser enquadrado como cultura. A cultura é uma criação
espontânea das pessoas, e muitas vezes não consciente. Tem a ver
com hábitos, costumes, gosto, realidade e possibilidade. Nesse
sentido cumpre dizer que temos sim uma cultura ligada ao funk no
país. Eu abomino esse estilo pela total falta de qualidade e quase
nada a agregar, mas inegavelmente faz parte do cotidiano das massas,
especialmente em periferia. É a cultura local, que nasceu diante da
falta de possibilidades e acesso dessas pessoas.
Quando vemos os nossos atuais
“líderes” criticando o marxismo cutlural, fica a certeza que
eles nem ao menos têm ideia do que estão falando. Se existe um
marxismo cultural, este nasceu pelo conhecimento das ideias de Karl
Marx, e pela clara adaptação e certeza de correção na realidade
atual. Pessoas que estudaram o cara e entenderam que ele tinha muita
razão no que dizia. Não houve um projeto consciente de ninguém
para implementar tais ideias. E de lado contrário, cresceu
imensamente a ideia do liberalismo econômico, também criado de
forma contemporânea com o comunismo, como forma de se contrapor ao
marxismo. Ambos, se entendidos de forma cultural, vieram de estudos
de pessoas que consideraram que tais ideias são assertivas nos dias
de hoje.
Voltando ao nosso (des)governo. O
nazismo, como todos sabem, tinha um inimigo em comum: os judeus.
Hitler e seu partido pregaram abertamente que os judeus eram os
responsáveis pelo colapso ocorrido na Alemanha, concentrando as
rendas, roubando o dinheiro alemão e se enriquecendo às custas da
miséria do povo. Um povo, desesperado com a situação humilhante e
miserável imposta pela Liga das Nações no pós guerra foi
facilmente convencido a canalizar seu ódio contra esse inimigo em
comum. O restante sabemos bem o que ocorreu.
No Brasil é exatamente o que está
acontecendo, desde antes da eleição. O nazista que está no poder
primeiro considerou que o comunismo estava implantado no país, e o
elegeu como inimigo. Esta imbecilidade inclusive era a principal
ideia no seu plano de governo para presidência na candidatura. Sim,
ele trouxe como plano de governo, e foi eleito por uma massa de
imbecis, por combater o comunismo!
Mas no caso dele, não eram os únicos
inimigos. Houve um esforço imenso para demonizar os homossexuais,
como ocorre até hoje. O mundo gay está tomando conta do país,
moldando nossas crianças e querendo implementar uma ditadura gay.
Você já deve ter escutado merdas como essa. E é preciso combater
esse avanço, seja com ataques, seja com agressões, seja com
políticas que limitem a liberdade dessas pessoas.
Mas não para por aí. Os índios são
inimigos do progresso. O avanço do feminismo e as conquistas de
igualdade obtidas por mulheres também impedem que o Brasil chegue à
sua tradição paternalista, levando o país ao colapso. E claro,
todos aqueles que atacam o presidente.
Essa última é a mais clara
declaração do governo que segue a cartilha nazista. A Alemanha
marcou essa época pela total veneração ao líder supremo, Hitler.
As pessoas deviam total idolatria a este líder, como se fosse um
Deus. O novo partido do quadrúpede nazista que aqui está traz
exatamente esse conceito, sem nenhuma alteração. Apoio total e
irrestrito ao líder, presidente. Mais nazismo impossível.
Não há qualquer dúvida que vivemos
um governo nazista no Brasil. Tudo o que ocorria por lá está se
repetindo aqui. A diferença é que hoje sabemos das consequências,
e devido à imensa pluralidade aqui existente ainda existem muitas
vozes que se levantam contra essa barbárie. Além disso, o mundo tem
asco desse momento histórico da Alemanha. Os próprios alemães vêem
essa fase como uma imensa vergonha, criminalizando tudo aquilo que
possa representar o nazismo. Você enaltecer qualquer coisa feita
pelo nazismo, mesmo que tenha algo de minimamente positivo, é crime
dentro do país.
Mas infelizmente aqui muitas pessoas
estão idolatrando essa aberração. Seja por desconhecimento, seja
por seguir mesmo tais ideais, o governo nazista tem, assim como tinha
Hitler, adeptos fieis e fanáticos, que defendem o quadrúpede com
unhas e dentes, tentando justificar toda e qualquer atrocidade que
ele cometa. Pessoas que se posicionam como os fieis protetores desse
doente, assim como ocorreu com Hitler.
Não há um meio termo. Esse tipo de
radicalismo exige uma postura firme e combativa de toda e qualquer
pessoa que tenha bons ideais. Todos os que querem o bem real, que
respeitam os direitos de cada pessoa. Ou você está contra o
nazismo, ou, caso deseje manter-se em silêncio está optando por
aceitar o que está aí. Ou você combate o nazismo, ou o aceita, e é
parte dele.
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