terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

GOVERNO NAZISTA


O vídeo gravado pelo secretário da cultura reproduzindo detalhadamente a fala e a estrutura feitas pelo mentor do governo nazista escancararam o ideal nazista que há no governo brasileiro. Já estava claro, com sinais que não deixavam muitas dúvidas. Alvim apenas esfregou na cara das pessoas, e por isso foi demitido.
Dias antes o (des)governo divulgou um edital para um prêmio da cultura. Este edital fazia claras referências a um determinado tipo de arte, nacional, com conceitos bem definidos de beleza, de valores morais e de ideias. Algo claramente nazista. E não porque colocaram indícios de nazismo nesse edital, mas porque o governo nazista alemão fez exatamente isso. A Alemanha nessa época perseguiu toda forma de manifestação artística que não se enquadrasse aos seus conceitos. Tudo que não enalteça a pátria, que desvirtuasse os pseudo-valores morais que eles queriam propagar, que ficasse contra o cristianismo, que tentasse fazer as pessoas pensarem, era considerado subversivo e atacado.
A arte não tem como papel, em momento e lugar nenhum do mundo, servir um determinado grupo ou país. A arte é subversão, sempre. A ideia principal da arte é instigar, polemizar, causar impacto. Não pode ser enquadrada em nada pré-estabelecido, pré-moldado. Quando o governo determina o que pode ou não ser feito e tido como arte, fica claro que já não há mais arte nessa produção.
Outra estupidez é determinar o que poderá ser enquadrado como cultura. A cultura é uma criação espontânea das pessoas, e muitas vezes não consciente. Tem a ver com hábitos, costumes, gosto, realidade e possibilidade. Nesse sentido cumpre dizer que temos sim uma cultura ligada ao funk no país. Eu abomino esse estilo pela total falta de qualidade e quase nada a agregar, mas inegavelmente faz parte do cotidiano das massas, especialmente em periferia. É a cultura local, que nasceu diante da falta de possibilidades e acesso dessas pessoas.
Quando vemos os nossos atuais “líderes” criticando o marxismo cutlural, fica a certeza que eles nem ao menos têm ideia do que estão falando. Se existe um marxismo cultural, este nasceu pelo conhecimento das ideias de Karl Marx, e pela clara adaptação e certeza de correção na realidade atual. Pessoas que estudaram o cara e entenderam que ele tinha muita razão no que dizia. Não houve um projeto consciente de ninguém para implementar tais ideias. E de lado contrário, cresceu imensamente a ideia do liberalismo econômico, também criado de forma contemporânea com o comunismo, como forma de se contrapor ao marxismo. Ambos, se entendidos de forma cultural, vieram de estudos de pessoas que consideraram que tais ideias são assertivas nos dias de hoje.
Voltando ao nosso (des)governo. O nazismo, como todos sabem, tinha um inimigo em comum: os judeus. Hitler e seu partido pregaram abertamente que os judeus eram os responsáveis pelo colapso ocorrido na Alemanha, concentrando as rendas, roubando o dinheiro alemão e se enriquecendo às custas da miséria do povo. Um povo, desesperado com a situação humilhante e miserável imposta pela Liga das Nações no pós guerra foi facilmente convencido a canalizar seu ódio contra esse inimigo em comum. O restante sabemos bem o que ocorreu.
No Brasil é exatamente o que está acontecendo, desde antes da eleição. O nazista que está no poder primeiro considerou que o comunismo estava implantado no país, e o elegeu como inimigo. Esta imbecilidade inclusive era a principal ideia no seu plano de governo para presidência na candidatura. Sim, ele trouxe como plano de governo, e foi eleito por uma massa de imbecis, por combater o comunismo!
Mas no caso dele, não eram os únicos inimigos. Houve um esforço imenso para demonizar os homossexuais, como ocorre até hoje. O mundo gay está tomando conta do país, moldando nossas crianças e querendo implementar uma ditadura gay. Você já deve ter escutado merdas como essa. E é preciso combater esse avanço, seja com ataques, seja com agressões, seja com políticas que limitem a liberdade dessas pessoas.
Mas não para por aí. Os índios são inimigos do progresso. O avanço do feminismo e as conquistas de igualdade obtidas por mulheres também impedem que o Brasil chegue à sua tradição paternalista, levando o país ao colapso. E claro, todos aqueles que atacam o presidente.
Essa última é a mais clara declaração do governo que segue a cartilha nazista. A Alemanha marcou essa época pela total veneração ao líder supremo, Hitler. As pessoas deviam total idolatria a este líder, como se fosse um Deus. O novo partido do quadrúpede nazista que aqui está traz exatamente esse conceito, sem nenhuma alteração. Apoio total e irrestrito ao líder, presidente. Mais nazismo impossível.
Não há qualquer dúvida que vivemos um governo nazista no Brasil. Tudo o que ocorria por lá está se repetindo aqui. A diferença é que hoje sabemos das consequências, e devido à imensa pluralidade aqui existente ainda existem muitas vozes que se levantam contra essa barbárie. Além disso, o mundo tem asco desse momento histórico da Alemanha. Os próprios alemães vêem essa fase como uma imensa vergonha, criminalizando tudo aquilo que possa representar o nazismo. Você enaltecer qualquer coisa feita pelo nazismo, mesmo que tenha algo de minimamente positivo, é crime dentro do país.
Mas infelizmente aqui muitas pessoas estão idolatrando essa aberração. Seja por desconhecimento, seja por seguir mesmo tais ideais, o governo nazista tem, assim como tinha Hitler, adeptos fieis e fanáticos, que defendem o quadrúpede com unhas e dentes, tentando justificar toda e qualquer atrocidade que ele cometa. Pessoas que se posicionam como os fieis protetores desse doente, assim como ocorreu com Hitler.
Não há um meio termo. Esse tipo de radicalismo exige uma postura firme e combativa de toda e qualquer pessoa que tenha bons ideais. Todos os que querem o bem real, que respeitam os direitos de cada pessoa. Ou você está contra o nazismo, ou, caso deseje manter-se em silêncio está optando por aceitar o que está aí. Ou você combate o nazismo, ou o aceita, e é parte dele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário