Conversando com algumas
pessoas, chego à conclusão que as pessoas, de uma forma geral, não querem saber
de relacionamentos sérios tanto quanto eu. O que todo mundo busca é a segurança
falsa de estar na posse de alguém, aquele velho lema de “alguém pra chamar de
seu”.
A simples ideia de dizer “a
minha mulher” é algo insano. Eu não tenho nenhuma pessoa. Não vivemos mais em
épocas de escravidão. Naquela época poderíamos dizer que alguma pessoa era
propriedade de outra, com valor de mercado, alienação, papel passado...
Somos livres. Todos temos o
mínimo de discernimento pra saber se queremos sair com amigos, se preferimos
ficar em casa, o que assistir na televisão, o que ler, com quem conversar. É
realmente lamentável alguém querer, ou mesmo conseguir, limitar ou decidir
coisas assim por nós. E ainda mais lamentável aceitar tais decisões, que por
vezes não fazem sentido.
Esse moralismo de aberração
leva pessoas a criarem verdadeiros personagens para viverem dentro de uma
padrão imposto, ou esconderem quem
realmente são. Você se casa, com todo aquele ritual, porque essa história de
conto de fadas foi transmitida e aceita, e se torna um sonho maluco de
princesa, sem sequer imaginar todos os problemas que se referem à vida a dois.
Mas mais ainda: é a coisa
mais insana do mundo ter que controlar os pensamentos de outra pessoa por
outras pessoas. Explico: se você encontrar uma foto de um homem pelado no
celular da sua esposa, mesmo que seja de um artista famoso que tenha viralizado
em sites especializados em assuntos femininos, você certamente vai ficar louco.
Por que a SUA mulher está tendo desejos sexuais por outros caras?
Meu amigo, você realmente
acha que pode controlar isso? Sua mulher controla isso em você? Você acha que
pode controlar o que uma pessoa pode gostar? De quem ela pode gostar? Com quem
ela conversa? O que ela vai vestir? Você acha que existe algum sentido lógico
em imaginar que você tem poder sobre alguma pessoa a este ponto?
Coisas assim que me fazem
ver que o relacionamento usa o termos “meu” antes de designar a pessoa em
questão, para dar a ideia de que realmente você a possui. Você quer controlar
alguém. Quer dizer que é sua. Quer que a pessoa sinta-se obrigada a viver da
forma que você quer que viva.
Isso, definitivamente, não é
amor.
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