Semi finais do Campeonato Paulista de 1998, Corinthians e Portuguesa, no Morumbi. O jogo estava nos acréscimos, e a Portuguesa vencia por 2X1, sendo que o gol corinthiano havia ocorrido num pênalti inexistente. Numa matada de peito do zagueiro César, o árbitro estrangeiro (cujo nome não lembro) marca novo pênalti, cuja conversão deu a classificação ao Corinthians. Um erro escandaloso, que mudou os rumos do campeonato.
Final da Copa do Brasil de 2002, primeiro jogo, Corinthians e Brasiliense no Morumbi. O jogo estava empatado em 1X1, quando o atacante do Corinthians atropela o zagueiro de Brasília, o juiz manda seguir, e o time paulista faz o gol. Logo em seguida, ataque brasiliense, o atacante é claramente derrubado na área, mas o árbitro, o “melhor” do Brasil, Carlos Eugênio Simon, manda seguir. Gol ilegal validado para o timão, pênalti não marcado para o Brasiliense. Empate no jogo da volta, e o time paulista é campeão.
Campeonato Brasileiro de 2005. Se existe algo que se possa chamar de escândalo, é este torneio. Nos dois jogos contra o fraquíssimo Paysandu, o time paulista é ajudado, com expulsões absurdas dos paraenses no Pacaembu, um gol impedido validado para os paulistas no Pará, e o outro legal anulado para o time paraense. Jogo contra o Cruzeiro, pênalti inexistente marcado no fim do jogo, que definiu a vitória corinthiana. Jogo contra o Internacional, o nacionalmente visto pênalti não marcado para o Inter, que valeria o gol da vitória e da retomada da liderança, pelo famoso Márcio Resende de Freitas, ainda com expulsão de Tinga, e conseqüente aniquilação do time gaúcho.
Copa do Brasil de 2009. Uma sequência de pênaltis inexistentes marcados a favor do timão, enquanto outra sequência de pênaltis não marcados para os adversários, fato este que gerou reportagens da própria Globo, que claramente tem no timão seu queridinho. Na final, distribuição de porrada dos jogadores corinthianos nos adversário do Inter, sendo que quase todos entraram em campo pendurados. Nenhum cartão. Corinthians campeão.
Semi final do Paulista de 2011, Danilo, o cavalo com aspectos de zagueiro do Palmeiras, faz falta violenta em Liedson, e é corretamente expulso. Porém, no mesmo lance, o atacante corinthiano pisa no zagueiro palmeirense, com aspectos de coice. Nada acontece com Liedson. Mesmo com um a mais, o time verde é superior durante toda a partida, sendo eliminado nos pênaltis, com a melhor campanha.
Todos os times têm a seu favor erros de arbitragem de vez em quando, enquanto acabam prejudicados por erros contra vez por outra. O que é inexplicável é a quantidade de erros favoráveis ao time da marginal sem número, em jogos decisivos. Será que é por que os gambás dão muita audiência para a televisão? Será que é por que a permanência deles em todos os torneios rende venda de camisas e produtos? Será que é por que os estádios ficam sempre cheios? Será que é muito interessante comercialmente ter este time sempre no topo?
E por que será que, na Libertadores, torneio que nunca tiveram o juiz a seu favor, nunca conseguiram chegar sequer na final? Será que é por que a grandeza do time tem se resumido em favorecimentos de arbitragem? Ou será que é tudo isso mera coincidência? Será que os 100 milhões pagos pela rede globo para transmitir jogos do Corinthians terão o mesmo valor se o time for mal em todos os futuros campeonatos?
Logicamente para os torcedores isso não importa muito. A maior parte dos brasileiros quer simplesmente levar vantagem, mesmo que para isso faça uso de meios escusos. Se você vai subornar, mas vai sair ganhando, então está tudo bem. Se o juiz ajuda sempre, o que importa é que é campeão. Daí usa-se o termo “o choro é livre”, como os torcedores adoram dizer, tentando evitar a polêmica e a inegável verdade de que o time que torcem é o mais ajudado do país, nas últimas décadas.
O problema é que o amor ao futebol no caso brasileiro é tão grande, que ninguém consegue se desvencilhar dessa palhaçada que virou o futebol brasileiro, onde os interesses é que são levados em conta. Há muito tempo fora de campo, e cada dia mais dentro de campo.
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