sábado, 27 de fevereiro de 2010

Minhas adoráveis ex-namoradas

Acabo de assistir ao filme com o mesmo título, uma comédia romântica bastante agradável, com um fundo filosófico bem interessante. Mas o fato é que é impossível para um homem não pensar a respeito de seu passado, naquilo que eventualmente poderá ter causado para algumas mulheres.

Fato é que eu não tenho uma vasta coleção de ex, contando relacionamentos sérios, talvez uma meia dúzia quando muito. Se for englobar toda pegação, não sei se chego a vinte. Mas acho que, num esforço, seria capaz de lembrar de todas. E comecei a pensar um pouco sobre estas mulheres que passaram pela minha vida.

É engraçado que com boa parte delas eu ainda tenho contato, e realmente sou o tipo do cara que fica feliz em saber que estão bem. Me alegra saber que casaram, arrumaram grandes empregos, foram morar no exterior, que estão felizes. Não sinto nada em vê-las com alguém, pelo contrário, parto do princípio que todos têm direito a serem felizes, e por isso acho que é realmente muito bom, uma vez que comigo não deu certo, que encontrem sua cara metade em outro canto.

Mas fato é que todas contribuíram de alguma forma para o meu crescimento. Em algum momento eu era imaturo, inseguro e não preparado para um relacionamento. Cometi alguns erros grosseiros na minha vida, alguns erros que custaram inclusive estes relacionamentos. Outras vezes, por não saber exatamente como me portar, deixei algumas garotas inseguras o suficiente para que não levassem a cabo o relacionamento em questão.

Mas sempre pude extrair algum aprendizado. Mesmo quando eu sofri pra caramba, posso dizer que alguma coisa eu aprendi. Até mesmo no pior de todos, e até então, o mais longo. Fui enganado, traído (não sei se carnalmente, mas toda forma de mentira é uma traição). Depositei todas as minhas fichas num relacionamento e quebrei a cara, e bonito. Amei aquela mulher mais que a mim mesmo. E de certo modo, coloquei sobre ela todo o peso da minha depressão e da minha falta de alegria.

Mas, mesmo com ela, eu aprendi. Talvez tenha aprendido mais do que com qualquer outra. Eu aprendi a me valorizar mais do que a qualquer pessoa. Aprendi a não abaixar a cabeça com medo de perder alguém que não me valoriza. Aprendi que devo tratar bem uma mulher, mas jamais deixar que ela me trate mal. Aprendi que quando o relacionamento terminar, ela estará perdendo, não eu. Aprendi devemos perdoar mentiras, mas não manter este relacionamento fadado ao fracasso. Aprendi que quando guardamos ódio, rancor e mágoa no coração estamos fazendo mal a nós mesmos.

E todos estes ensinamentos foram importantíssimos para o que tenho agora, para saber que temos que dar todo o valor do mundo à pessoa certa quando ela cruzar o nosso caminho, que ela vai te amar pelo que você é, e estará com você em todos os momentos, não importa o quão difíceis sejam eles. Para saber que vale a pena amar uma pessoa honesta, correta e principalmente, tranqüila. Alguém que não se importe com farras, que não beba, nem fume. Que respeite suas convicções religiosas. Uma pessoa trabalhadora. Mas ao mesmo tempo, que tenha sua personalidade, que mostre sua opinião e busque ser sempre ela mesma.

E eu posso dizer que tenho esta mulher, há cerca de quatro anos. E posso dizer mais ainda que graças aos meus relacionamentos anteriores, valorizo esta mulher mais do que qualquer outra pessoa no mundo. E sei como tratá-la, sei como amá-la e sei o que esperar dela. E sei também que ainda tenho muito o que aprender, ainda vou errar um bocado, e vou vê-la errar um outro tanto. Mas, o amor verdadeiro poderá superar tudo isso.

E por isso, devo agradecer às minhas ex-namoradas, e entender que ela também deve agradecer a tudo o que aprendeu em seus relacionamentos anteriores, caso contrário talvez não estivesse preparada para ser a pessoa maravilhosa que ela é para mim.

Estranho escrever esta última frase... rs

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A força que eu encontrei

Falando sobre religiões, me veio à cabeça o dia 30 de novembro de 2004. É inevitável. Naquele dia uma nova alma surgiu na Terra, enquanto outra morria. É engraçado que tudo estava tão confuso, mas eu me lembro de cada detalhe, de cada acontecimento, como se fosse hoje. Me lembro das conversas ao telefone, me lembro do caminho até o hospital, da internação. Me lembro das dores. Me lembro dos sentimentos. Eu ainda consigo sentir na pele tudo o que eu sentia naquele momento. Consigo sentir cada lágrima que escorreu naquele momento, como se estivesse acontecendo agora.

É uma nostalgia incrível. Mas não é algo permanente. Eu ainda lembro, e consigo sentir o que sentia naquele momento, mas é como se eu lembrasse de uma grande dor de cabeça que tive, soubesse descrever exatamente a dor, tivesse consciência de como ela era, mas não a sentisse mais. É como uma lembrança viva de algo que está morto e enterrado.

E é engraçado lembrar como as coisas se sucederam. É engraçado lembrar de como um homem deve chegar ao fundo do poço para começar a viver. Ver as lágrimas e o desespero de tanta gente para saber o quanto se é importante. É realmente muito engraçado que tenhamos que sofrer tanto para finalmente sermos felizes.

E em horas de total desespero, não existe um deus que venha ao seu auxílio. Nenhum espírito, nem santos, nem demônios, nada. Você está sozinho com você mesmo. Sua mente torna-se seu maior demônio, enquanto seu coração é seu próprio satanás.

Mas, por outro lado, você percebe que existem alguns anjos sim, mas estes anjos têm carne e osso. São pessoas que morreriam por você. Que enlouqueceriam se algo te acontecesse. Algumas destas pessoas nem sequer têm qualquer obrigação disso, mas elas simplesmente te amam, porque te amam. E acho que nada no mundo pode superar a dor de ver alguém sofrendo por sua causa. Pode ser mesmo uma pessoa que nem mereça, mas mesmo assim, dói.

Tantas pessoas depositam muito de sua esperança em você, e você as decepciona, com sua depressão, com seu pessimismo, com suas lágrimas inúteis. Você se esconde atrás das paredes que você mesmo construiu, sempre como um covarde que não sabe o que é a vida. E as pessoas quase perdem o juízo tentando te trazer para fora. Muitas delas acabam com suas vidas assim.

É uma doença, pior do que um câncer, pois você não sente vontade de lutar. A morte vem chegando, e você começa a desejá-la.

E todo aquele sofrimento... demora tanto para possamos enxergar com clareza. Mas aí você percebe que sua vida tem um sentido, muito maior do que você mesmo um dia imaginou.

Quando você vê uma pessoa sorrindo com sinceridade ao encontrá-lo, ou quando ela sente sua falta por você não está presente, ou quando você recebe um abraço carinhoso, ou um beijo com amor, ou quando você vê a mulher que você ama chorando por você dizer que a ama, ou quando um gato pula na sua cama para deitar ao seu lado porque quer sua companhia, te seguindo se você deita no sofá, e indo com você até o banheiro, deitando no chão gelado para ficar ao seu lado, isso sim é um milagre. Isso é um espírito divino.

Você sentir o amor verdadeiro, é o maior dos milagres. E por maior que seja a dor, não consegue superar a sensação que é este amor. E por maiores que sejam as decepções, é isto o que faz a vida valer a pena,e isto que pode fazer uma pessoa feliz, mesmo que ela não acredite em Deus, e mesmo que ela não possua qualquer religião.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Quem precisa de uma religião?

Tenho escutado constantemente as pessoas falarem sobre a necessidade de que cada pessoa tem de ter uma religião. Todos os problemas enfrentados por cada pessoa refere-se ao fato dela não possuir nenhuma. Ninguém é feliz sem que tenha uma religião.

Freqüentei dois centros espíritas por algum tempo, sou um admirador da teoria kardecista. Gosto de conversar com pessoas que seguem algum tipo de crença, e de vez em quando até mesmo conhecer alguns rituais. Entendo perfeitamente a necessidade de cada um em relação a seguir alguns dogmas.

Sei que algumas pessoas só conseguem praticar o bem e terem amor por seus semelhantes caso sigam alguma coisa. Elas precisam ter medo de alguma punição, precisam acreditar que estão sendo vigiadas constantemente. Precisam, mais do que isso, ter algo para se apegarem em momentos críticos.

Entendo muito bem tais fatos, e até recomendo para todas as pessoas que não conseguem encontrar forças em momentos difíceis, que busquem algum caminho religioso, pois esta poderá ser a única salvação em algum momento de suas vidas.

Mas isso não funciona para mim. Eu não preciso saber que existe algo superior olhando por mim em outro mundo. Não preciso de regras que me digam que eu devo amar meus semelhantes, fazer o bem sem olhar a quem, ser honesto e não mentir. Não preciso de um deus que me indique que eu deva amar os animais e tratá-los como iguais. Não preciso de um espírito divino que me faça amar a vida.

E sinceramente, não entendo como tantas pessoas que propagam tais dogmas tenham atitudes tão hipócritas.

Não sei como um pastor pode propagar ódio aos que não seguem seus dogmas. Não sei como um padre pode prender-se a coisas materiais quando ele nem mesmo pode os ter. Não sei com um mentor espírita pode fumar, pregando a limpeza espiritual. Existem tantas atitudes incoerentes nas religiões, que fica difícil acreditar que alguma delas pode realmente mudar alguma pessoa.

As religiões nada mais são do que algumas instituições formadas por seres humanos, que seguem escritos feitos pelos seres humanos, supostamente ditados por entidades divinas, para que se tornem um conjunto de regras para a felicidade.

Tais entidades possuem também as falhas humanas. Como qualquer entidade, tem pessoas ruins, e pessoas boas. Existirão atos que serão admiráveis, e outros deploráveis. Algumas pessoas serão maravilhosas, e outras desprezíveis.

Pode até ser que você se sinta bem com isso, mas você não vai precisar dela para ser feliz, se sua fé for realmente forte.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A dignidade

Recebi esta semana meu exemplar da revista Sociologia, a qual assino. A capa traz uma chamativa sobre a tortura no Brasil, prática que não foi abandonada mesmo com a consolidação da democracia. Ainda não li a revista, mas estive pensando bastante sobre o tema, em especial, o tratamento dado aos nossos presos.

É fato que a maioria esmagadora das pessoas que está na cadeia merece estar lá. É fato que algumas pessoas possuem uma índole ruim. É fato que muitos dos criminosos merecem sofrer pelo que causaram de sofrimento a tantas famílias. É fato que tal sofrimento jamais poderá ser apagado, e que muitas vidas estarão eternamente destruídas por alguns erros.

Mesmo assim, ainda não conheci nenhum ser humano devidamente gabarito para julgar inteiramente uma pessoa. Nem mesmo um juiz de direito tem o poder de fazer julgamentos a cerca de uma pessoa, entendo que este apenas aplica a lei.

Nós não observamos que por trás de todo crime há uma história. Por trás de todo criminoso existe um imenso sofrimento e uma vida de abandono e dor. Ninguém se envolve no crime porque quer, muito menos se mantém nele por livre e espontânea vontade.

Nós não combatemos as causas do crime. Não educamos as pessoas, não passamos bons valores, não amamos ao próximo. Não fazemos nada para que a situação se altere. E quando estas pessoas vão presas, não fazemos nada para que sejam devolvidas melhores à sociedade.

A cadeia é a escola do crime. Os presos são tratados piores do que animais. Vivem em um lugar imundo, lotado, onde existe uma própria lei, uma lei pior do que a lei da selva. Em boa parte, são tratados pelas autoridades como animais. Quantos já não apanharam ou apanham da polícia? Quantos ali não foram estuprados? Quantos não compram a própria segurança através de serviços para o crime?

A falha é nossa. Nós deveríamos cobrar estas ações. Deveríamos cobrar mais educação, e melhores cadeias. Deveríamos cobrar auxílio para estas famílias, auxílio para reabilitação dos presos, auxílio para aqueles que sofreram com atos criminosos. Deveríamos ter a coragem de enxergar os fatos e os erros, e mais coragem ainda para corrigi-los. Deveríamos agir como seres humanos.

Mas nós não fazemos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O que eu queria...

Estou vivendo um monte de extrema irritação da minha vida. Foi um semestre ultra-cansativo, irritante e com poucos resultados práticos. Engordei pela falta de possibilidade de me alimentar direito; dormi pouco; quase não vi parentes e amigos; vejo minha noiva somente no final de semana. O teto da cozinha caiu, o da sala vem rachando rapidamente. Meu apartamento só fica pronto em 2011. Algumas pessoas me enchem o saco para que eu case na igreja. Tenho que agüentar decisões políticas na minha vida, o que me revolta. Serra lidera as pesquisas para presidente, mostrando que o povo brasileiro ainda tem uma noz ao invés de um cérebro.

Parece uma avalanche que vem caindo cada vez mais rápido.

Tudo o que eu queria agora era transar, da maneira mais pornográfica e sem pudores possível. Daquelas de te deixar até esfolado no final. Depois disso, ficar algum tempo deitado, conversando coisas agradáveis. Em seguida, comer um yakissoba com a minha noiva (transar também é com ela! rs), tomando um suco de morango com leite bem forte. Depois, comer uma barra de chocolate, assistindo algum filme de ação cheio de explosões, onde o mocinho trucida todos políticos corruptos do filme e passeia com suas cabeças em praça pública.

Dormir bem tranqüilamente, e tanto que você acorda até com dor de cabeça no dia seguinte. Tomar um café bem forte e com pouco açúcar, sair para caminhar em algum parque, almoçar aquela macarronada com o frango com casquinha da minha sogra, tomando uma Coca-Cola bem gelada. Encontrar os amigos e jogar um pouco de War, vídeo game, e falar um monte de merda sem parar, rir até ficar com dor nos lábios e na bochecha. Depois, à noite, transar ainda mais, de preferência em lugar mais público, escondido, para aumentar ainda mais a emoção do momento. Chegar em casa, colocar alguma música de qualidade para ouvir, brincar com o gato, tomar um banho, e dormir, da maneira mais relaxada o possível.

Atualmente, uma seqüência de coisas mais ou menos assim iria me fazer imensamente feliz. Se não for possível, só o sexo e um pedaço do chocolate já iam ajudar pra caramba!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A arte

Acabo de perceber que, muitos textos escritos, boa parte deles imensos, e quase nada sobre a arte. Talvez algumas poucas linhas, mas nenhuma idéia registrada.

Engraçado que, sendo uma das maiores paixões da minha vida, não registro quase nenhuma idéia sobre o assunto. Pouco gosto de conversar sobre minhas idéias a respeito com qualquer pessoa. Não gosto de discutir, e menos ainda de ficar ouvindo o monte de baboseiras que administradores, advogados, pedreiros, marceneiros e médicos acreditam ser arte.

Conforme os anos passam vou percebendo que a arte é algo extremamente profundo, difícil de ser relatado. É um turbilhão de idéias, de emoções, técnicas, tentativa e erro, que não da pra explicar isso em um conjunto de palavras.

Acredito, piamente, que a arte envolve primordialmente a expressão de emoções ( por mais redundante que isso possa parecer). Se você não consegue impor seus sentimentos na obra, e fazer com que os observadores sintam alguma coisa, creio que não será jamais uma obra de arte. Com isso, desconsidero totalmente o Construtivismo como um movimento artístico. Os historiadores, teóricos e todo tipo de estudiosos podem dizer o que quiserem, mas não dá pra aceitar que um monte de figuras geométricas sejam arte. Podemos aceitar com facilidade o caráter técnico, a precisão de composição, a pesquisa de formas e cores, como uma boa atividade prática. Mas não arte.

Outro fator importantíssimo é a idéia de se criar algo novo. A arte não aceita cópia. Não da pra fazer o que um monte de gente já fez. Você se apoiar em idéias que outros tiveram é fácil demais. Daí você ouve aquele imbecil que vê uma obra de arte moderna, e no auge de sua ignorância diz: “isso até eu faço!”. Claro que faz, depois que alguém descobriu a técnica, qualquer macaco adestrado é capaz de repetir o procedimento.

E essa vem a ser a maior diferença entre a arte e o artesanato: a criação, ou seja, fazer algo novo, partindo do zero. Você pode ter o intuito de fazer algum objeto bonito, mostrar o quanto sua técnica é apurada, decorar algum ambiente. Mas aí você irá cair no artesanato. Não que seja algo ruim, mas não da pra bater tudo no liquidificador, sendo coisas bastante diferentes.

Por fim, creio que devemos comunicar algo com a obra. Pode ser uma idéia, como pode ser a explosão de sensações, como ocorre na obra abstrata, onde sentimos as relações de figuras, cores, texturas, etc., mesmo sem conseguirmos captar uma idéia concreta na imagem. A arte deve ajudar as pessoas a melhorarem intelectualmente, deve fazer com que as pessoas pensem mais. Somente com uma comunicação obra-público isso pode fluir.

Daí, você se inscreve num salão de artes, e os críticos pedem que você mande uma quantidade de obras, com determinadas especificações. Pedem que estas obras se relacionem entre si, existindo então uma “poética” na sua produção.Além disso, querem que você explique o que quis passar com suas obras, através de um projeto justificativo.

Ora, sinceramente, poética não depende da sua produção. Sua vida é poética. Tudo o que ocorre ao longo dos seus dias mantém inter-relações com suas escolhas e decisões. Você passa por uma série de emoções, situações e escolhas ao longo dos seus dias. E tudo está sempre inter ligado. Você não precisa se fixar em um único tema para demonstrar isso, nem fazer uma série idêntica para mostrar que seu trabalho é poético. Estes críticos, tão medíocres como sempre na história da arte, esquecem que você vive um processo na criação de cada obra. Este processo inicia-se do momento em que aquele tema te tocou, passando pela pesquisa a seu respeito, na busca material para a criação da obra, e enfim para as varais tentativas até que cheguemos a um resultado final. A poética ocorre o tempo todo.

E demonstram também sua incapacidade de análise, pois esperam que nós expliquemos as nossas intenções com a obra. Meu Deus! A obra fala por si própria. Não é preciso enfiar legendas, nem criar um memorando para detalhar os elementos que a compõe. Quando você explica sua obra para alguém, simplesmente aniquila a magia da descoberta, as infinitas possibilidade de interpretação que estas pessoas teriam ao viajarem pela sua criação. Isso é inaceitável.

Mais uma vez estamos vivendo um momento em que a criação está sendo “regrada” por alguns pseudo entendidos do assunto. Como sempre, na história da arte, temos uma conjunção de babacas que afirma que pode definir o que tem qualidade ou não. E como sempre, todos os que discordam desta idiotice ficam marginalizados do circuito.

Por essas e outras que eu continuo meu procedimento criativo da maneira que acredito ser a certa. Continuo materializando sempre que possível minhas idéias, expressando meus sentimentos, mas sem me preocupar em divulgar todas as minhas idéias para grupos especializados, que tentarão me dizer se eu sou bom ou não. Eu sou bom pra mim mesmo. Acredito no que faço, e consigo tocar o sentimento de muitas pessoas com minhas obras. Muitas pessoas me pedem trabalhos meus. Outras têm medo do que eu creio, sentem nojo, repulsa. Tenho visto a maior parte não ficar neutra diante de alguma coisa que eu crio, e isso é um prêmio muito maior do que ser agraciado por um grupo que se acha além do bem e do mal.

Não existe coisa melhor na vida do que não ter um único estilo, e poder viajar livremente por todos os que existem.

Decisão difícil

Hoje tive conhecimento de uma das minhas mais saborosas vitórias: passei em 50º lugar no concurso de professor da prefeitura para o cargo de Artes. De mais de 6000 inscritos, fiquei em qüinquagésimo lugar. Abandonei tudo para estudar, gastei dinheiro, deixei de viajar, de ver minha noiva, nem dormia direito. Abandonei meu treinamento físico. Fiz altos sacrifícios ao longo do período pré-prova. Mas consegui.

E a prova foi muito difícil. Me arrisco a dizer que foi mais difícil do que todas as provas jurídicas que tenho prestado, o que aumenta ainda mais minha felicidade em ter conseguido essa tão suada vitória.

E então, chego a um grande dilema na minha vida: faltam apenas 270 pessoas a serem nomeadas para o cargo de Escrevente do TJ para chegar a minha vez, o que deve ocorrer até março ou abril. O salário é de R$2600,00. Independente do Poder Executivo, ou seja, dos políticos, que me enojam. Horário normal de trabalho, com tempo para almoçar, estar com minha noiva à noite. Tudo o que eu quis.

Por outro lado, posso acumular dois cargos de professor. Ganhando cerca de R$3000,00 em ambos. Trabalhando como um condenado, agüentando tudo, mas dentro da área que eu amo, que são as artes.

Essa decisão é perturbadora. Ganhar um pouco mais, e trabalhar alucinadamente mais. Não ter qualidade de vida. Estar ao lado da profissão que eu amo, mas passar todo nervoso do mundo. Ou fazer um serviço burocrático, e possivelmente tedioso. Ganhar relativamente bem. Um exige toda minha capacidade profissional, meu diploma, meus estudos. O outro, exige que eu saiba executar tarefas.

Aí, eu penso com carinho: graças à área da educação estou passando por um final de ano de um estress incrível. Chego agora sem saber o que vai ser da minha vida no ano que vem, em que horário irei trabalhar, quantas aulas conseguirei pegar, em quais unidades. Pode ser que cheguemos ao final do ano e a Secretaria da Educação apronte novas conosco, como sempre faz. O povo mete o pau em professor, e ainda assim somos constantemente agredidos por nossos alunos, pelos pais, pela mídia em geral, pelo nosso maldito governo estadual.

Não da tempo pra estudar, pois o trabalho é árduo e esparramado ao longo do dia. Terei que dar cinqüenta aulas para poder ganhar o salário anteriormente referido. Não poderei limpar minha casa, nem terei tempo para preparar minha comida, o que significa obviamente que minha qualidade de vida irá despencar. Estarei tão cansado, que as brigas com a noiva poderão aumentar. Provavelmente o cansaço irá atrapalhar até mesmo minha libido. Não terei tempo de cuidar direito do meu gato de estimação, que é uma das maiores paixões da minha vida.

Quero continuar me dedicando à carreira artística, pintar novamente. Pena que não vai sobrar mais tempo para isso. Com cinqüenta horas de trabalho fica difícil se dedicar a qualquer outra coisa.

Por outro lado, na pior das hipóteses, se tudo der errado, vou trabalhar em local longe de casa, das 11h00 às 19h00, horários em que o trânsito já é menor. Terei a noite livre para fazer o que preciso. Ganharei bem com um horário humano de trabalho. Poderei por em prática meus planos.

Daí alguém vai vir falar que temos que lutar pela educação. Seria mais fácil se todo dia alguém não quisesse enfiar uma faca no seu pescoço.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Maldita politicagem

Chegamos ao final do ano, um momento em que as escolas já estão totalmente relaxadas, sem alunos, só pra aliviar um pouco a tensão do ano todo. Este período é o mais morto de todos, chegando ao ponto de termos até mesmo um tédio pela falta do que fazer.

Menos para nossa escola. De uma hora para outra, a diretoria de ensino resolveu que vai encerrar nosso curso noturno. Sem explicações, apenas vai fechar. Todos os profissionais que lá trabalham que se virem para arrumar outra coisa. Alguns terão que se exonerar, outros ir para outra escola, outros diminuir sua carga.

Passamos o mês todo brigando e fazendo campanha a favor de nosso curso noturno. E nesse ínterim descobrimos todos os lados podres da política, e o quanto ela atrapalha nosso sistema de educação.

A idéia do governo é simplesmente acabar com o EJA, pois este não da qualquer tipo de retorno ao governo, sendo somente um gasto. E para isso, deu uma ordem para que as diretorias simplesmente fechassem os cursos noturnos de 50% das escolas. Daí, desvia-se todo o interesse de vagas de uma escola que deve ser fechada, para outra que vai permanecer. Quando você começa a investigar, descobre que a que vai permanecer tem alguns parentes entre os diretores e membros das Diretorias de Ensino.

E as pessoas começam a dar informações desencontradas, assumir responsabilidades sem qualquer documento que comprove. Você começa a correr atrás feito um bobo, coletando provas e sendo enrolado. Vê notícias na mídia divulgando maravilhas e evolução que não existem.

E cada dia mais dá vontade de mandar esta merda toda para o alto.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sobre o futebol

Um dos assuntos que sempre me fascinaram ao longo da minha vida é o futebol. Adoro o esporte. Gosto de assistir aos jogos, torcer, fico nervoso ao longo do jogo. Converso com amigos, ouço programas esportivos, compro camisetas (sempre de barraquinha, porque a oficial é uma bica!). Acho uma coisa até certo ponto emocionante.

Mas não consigo pensar em nada minimamente inteligente para escrever sobre isso. Sinceramente, não consigo perder meu tempo mais do que os noventa minutos do jogo, ou quando tenho alguma coisa mais importante para pensar. Não consigo entender nem aceitar esses caras que se matam por causa de jogo. Nem mesmo o cara deixar de comprar coisas necessárias para casa para ir ao estádio. Isso não é amor, isso é doença. E uma doença que a mídia faz questão de espalhar, porque a ela interessa.

Aí você vê coisas realmente estranhas acontecendo, como juízes errarem sempre para um lado, tribunais punirem exageradamente sempre um time e sempre absolverem outro, grandes times serem inexplicavelmente eliminados em fases iniciais deixando com que outros que atraem maior audiência avancem sem terem a devida qualidade para isso, etc. Está mais do que na cara que interesses muito maiores do que o esporte movem estes eventos.

Tudo bem, eu continuo gostando do esporte. Continuo torcendo, e continuo assistindo. Não vejo muito mal nisso. Mas que pare por aí. Minhas contas vão continuar correndo, terei que limpar minha casa, lavar minha roupa, fazer minha comida. Minha noiva continuará reclamando minha atenção. Ainda vou precisar cuidar do meu gatinho de estimação. Precisarei ir ao trabalho todos os dias. Nada vai mudar se o Palmeiras, time do meu coração, for rebaixado para a Segunda Divisão, ou se for campeão mundial. Vai ser muito ruim na hora, ou uma explosão de alegria incrível. Mas irá durar no máximo meia hora.

Sendo assim, pode até ser que eu comente alguma coisa sobre futebol, mas não é algo que acho que mereça muita atenção da minha parte.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Parentes...

Quando somos pequenos, tudo quanto é tia, por mais chata que possa parecer, nos agrada como se fosse um ídolo. Mesmo aquele tio bêbado, que só fala merda, ou um primo que se sente e que vive tentando te ferrar. Tudo isso é lindo quando não temos muita consciência de que podemos mandar todo mundo pro inferno e viver as nossas vidas.

Mas depois que somos adultos, passamos a aturar algumas pessoas, porque elas fazem parte do nosso sangue. Bem verdade que boa parte das vezes os encontros são divertidos, damos risada, lembramos algumas besteiras do passado, e temos alguns bons momentos juntos. Mas parece que alguns parentes sentem um prazer indescritível em ver o circo pegar fogo. Querem cutucar até o fundo para te verem explodir, e fazer aquele drama como se você fosse um monstro.

Não sei se é porque faz pouco tempo, ou se é porque eu realmente perdi a minha paciência, mas um destes episódios ainda é vivo na minha memória. Imagina só, você, operador de telemarketing, que não agüenta mais ouvir o telefone tocar, que você sente aquela tremedeira no corpo. Você está fazendo até um tratamento terapêutico para acalmar os nervos, tomando um calmante que faz ficar grogue. Daí, você entende que esse trabalho não serve para você, e tua namorada te põe contra parede, dizendo que você está insuportável, e que ou você parte para outra coisa, ou não vai agüentar mais ficar ao seu lado.

Então, você, na esperança de algo melhor, tenta terminar a sua faculdade, que você precisou trancar, porque não dava mais para pagar. Você ta durasso, só tem o dinheiro para pagar as contas de casa, e ainda por cima fica devendo pra sua mãe, porque ta faltando pra tudo. Pode ser que você tenha a sorte de seu pai te ajudar neste momento difícil, pagando sua faculdade, e ajudando nas contas de casa, para você conseguir cumprir seu objetivo.

Daí, vem aquele parente, aquele que quando você está a beira do precipício quer te dar aquele empurrãozinho, e começa a te cobrar uma vistinha rápida para uma cidade bem afastada. Então, você gentilmente explica que a situação está caótica, e que você não tem muitas condições de ficar viajando, porque como todos sabem, viagem gasta dinheiro pra cacete. Mas aquele parente desgraçado não está muito preocupado, e começa um show: diz que você é um ingrato, que você poderá ter a última chance de ver seus avós antes deles morrerem (várias últimas chances, por sinal), que você é uma decepção para eles e que se você quisesse, poderia até dar um jeitinho (apesar que eu acho que demorei demais para entende que a palavra “dar” se referia a uma maneira mais fácil de ganhar dinheiro).

Então, você, que já está quase se recuperando daquele seu problema emocional, começa a se sentir um lixo. E da-lhe pressão na sua cabeça! Tudo vem como uma avalanche. E começa aquele joguinho psicológico, onde ele tenta te convencer que você é uma vergonha, que está fazendo de tudo para se desvencilhar da família, que não sabe o que é amar de verdade. Daria para escrever uma peça de teatro daquelas de fazer o público cair em prantos.

Mas você começa a pensar, depois de quase arrebentar sua casa, brigar com meio mundo, e ter algumas sessões de choros de tanta raiva: “pô, em que ele me ajudou? A pessoa não liga faz sabe-se lá quanto tempo. Não sabe pelos problemas que você tem passado nos últimos anos, e mesmo quando você tenta falar, a desgraçada não quer saber de ouvir. Você está errado em tudo aquilo que você fala. Quando você era presente, só sabia criticar a roupa que você vestia (mesmo depois de uma parada respiratório, onde nem era possível falar, ainda assim a vestimenta era criticada antes de um “como vocês está?”. Você rebolando pra pagar as contas e a maldita não te ajuda em nada”.

Cara, é demais! Tem hora que família vira só parente mesmo! E todo mundo fala de um monte de gente que quer só pisar em você, te ferrar na vida, e você percebe que muitas dessas pessoas têm o seu sangue. Estão cagando e andando para suas necessidades. Não importa os seus sonhos, desde que você cumpra suas vontades. E mesmo quando você prova por A + B que você está certo, ela faz questão de arrumar argumentos esdrúxulos para prolongar a guerra. Até mesmo quando você finalmente ergue a bandeira branca, não porque você está admitindo o erro, mas porque está cansado dessa briga inútil, a pessoa faz questão de te dar mais uma marretada.

Daí uma pessoa dessas fica sozinha e depois reclama que os parentes não ligam mais pra ela. Como é que vão ligar se ela só sabe entrar na porrada?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Educação significativa ou atrativa?

Em mais uma das minhas tentativas de encontrar alguma coisa de boa na revista Nova Escola, li uma reportagem onde a revista tentava nos ensinar como combater a indisciplina dentro da sala de aula. Num dos pontos que mais me chamou a atenção eles comentavam que as aulas e os conteúdos deveriam ser significativos para os alunos, fazendo com que a aula prendesse sua atenção. Não sei dizer se quando leio esse tipo de coisa fico altamente revoltado, ou se perco completamente a esperança de alguma melhora algum dia.

Quando eu era criança, apesar de não ter recebido uma educação extremamente rígida, eu deveria cumprir algumas regras, das quais não tinha escolha: dormir cedo, não responder aos meus pais, comer de tudo e especialmente ser um bom aluno. Eu lembro que, na 6ª série, quando fiquei de recuperação em inglês, simplesmente porque tirei nota azul em tudo, e quando relaxei por ter passado, tirei uma última nota abaixo de cinco, a professora me deixou de recuperação pela minha “queda de rendimento”, meu pai enlouqueceu. Acho que aquele mês foi um dos mais infernais da minha infância. Não podia mais sair com amigos, jogar bola, nada. Tive que estudar 24 horas por dia, sendo que eu não corria qualquer risco de ser reprovado.

Tem coisas que eu realmente odeio estudar, como é o caso da Química, ou da Biologia. Alguns aspectos desta disciplina eu até acho fascinante, mas sinceramente, evito ao máximo pegar qualquer coisa desse tipo pra ler. Mas, de qualquer forma, eu sempre dei a mesma importância para estas matérias que dava para as demais, e sempre me esforcei de igual maneira. Isso aconteceu porque meu pai sempre me fez estudar, nem que eu tivesse que “sofrer” pra isso. Por outro lado, minha mãe praticamente devorava livros. Então eu sempre fui estimulado a querer aumentar meus conhecimentos, e estar aberto a tudo o que eu eventualmente pudesse aprender.

Nunca ninguém me perguntou se eu achava interessante aquilo que estava aprendendo na escola. Tão pouco me perguntaram se teria algum significado para a minha vida, até porque eu nem sabia que raios eu iria fazer quando me tornasse um adulto. Eu tinha que me dedicar, porque meus pais me ensinaram a ser responsáveis. Eu tinha que cumprir certas obrigações, até mesmo para não sofrer certas punições ou certas críticas.

É errado isso? Alguns dos mais malditos e estúpidos tecnocratas dizem que sim. Mas, quando fui prestar meus vestibulares, por exemplo, ninguém me perguntou quais matérias eu gostava mais, quais me interessavam e despertavam minha atenção. Eu tive que fazer as provas de biologia assim como qualquer um. E como vim do ensino público, cujas limitações estruturais e governamentais são óbvias, tive que estudar feito um condenado para conseguir sucesso na vida. Deixei de sair, de ver meus amigos, de me preocupar em namorar, ou seja, deixe de viver. E alguém por acaso acha que eu me diverti com isso?

Depois, comecei a prestar concursos públicos. E como sabemos, pela péssima qualidade das organizadoras, o conteúdo muitas vezes não tem qualquer relação com o trabalho. Tive que estudar as mais absurdas coisas. E tive que estudar muito! Cheguei algumas vezes a brigar com a minha noiva, perder a paciência com tudo, perder noites de sono, engordar... não foi divertido!

E no trabalho então? Agente tem que engolir cada sapo... e às vezes o brejo inteiro de uma vez! Tem hora que parece que o coração vai explodir de tanto nervoso que agente passa. Às vezes temos péssimos colegas, às vezes patrões insuportáveis, às vezes temos um emprego chatíssimo, que precisamos manter para pagar as contas (que nunca se preocupam se estamos gostando do que fazemos ou não), e na maioria esmagadora das vezes, ganhamos muito menos do que todo esforço vale. Mas temos que fazer, porque temos responsabilidade, muitas vezes para com outras pessoas.

Aí, quando estes gênios criam seu sistema infalível de educação, fazem de conta que a criança vive em um conto de fadas. Não devemos obrigá-las a nada. Não devemos forçar nada. Não podemos ser mais rígidos, e muito menos puni-la. Temos que preparar a criança para o mundo, sem deixar que ela sinta como é o mundo. E não estamos falando em exageros, crueldade, nem rigidez excessiva. Apenas ensinar o que temos para ensinar.

Com toda a certeza do mundo cada aluno vai preferir uma determinada disciplina. Cada aluno irá detestar mortalmente uma ou mais. Por isso devemos colocar nestes jovens o senso de responsabilidade e de necessidade. Temos que fazê-los entender que o mundo não é feito somente do que se gosta, e de que eles têm como obrigação fazerem o melhor na escola, mesmo que não seja a aula mais divertida do mundo para eles. A consciência deve vir no sentido de um esforço pela melhoria individual, independente de se gostar ou não gostar.

Mas é sempre mais fácil se culpar os professores.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O antes e o depois

O assunto do momento no rock é a incrível briga entre os membros do Aerosmith, e seu vocalista, Steven Tyler. Três dos quatro membros da banda já deram declarações públicas que procuram por um novo vocalista, aceitando que Tyler não pode ser substituído. E ninguém imagina a banda sem o lendário Steven Tyler, ou qualquer um que tenha gabarito para substituí-lo no Aerosmith.

E com isso conseguimos pensar que muitas bandas passaram por tal problema, com a saída, por um motivo qualquer, de seu vocalista, que havia consagrado a banda, e a entrada de um novo vocal para tentar manter a fama. Exemplos não faltam: a saída de Ozzy Osbourne do Black Sabbath para a entrada de Ronnie James Dio; a saída do incomparável Bruce Dickinson do Iron Maiden para ser substituído por Blaze Bayley; morre Bon Scott do AC/DC e entra Brian Johnson; Sai Ian Gillan do Deep Purple e entra David Coverdale. Michael Kiske é expulso do Helloween e em seu lugar aparece Andi Deris; até em bandas brasileiras temos tais exemplos, como a saída de Max Cavaleira do Sepultura, sendo substituído por Derik Greeners, assim como a saída de André Matos do Angra para a entrada de Edu Falaschi.

E em todos os casos os fãs entraram em colapso ao saberem da notícia, e se revoltaram com a performance do substituto. Em todos os casos o novo membro da banda mostrava extrema competência para assumir o microfone, fazendo um grande trabalho (nem sempre melhor que o anterior, mas sempre bom). Mesmo assim, o caso do Maiden não teve jeito: Bayley agüentou pouco tempo até ser chutado da banda, para a volta triunfante de Dickinson.

Em outros casos vimos o substituto, senão superar, se equiparar ao original, tomando boa parte das rédeas da banda, conquistando os fãs, e marcando seu nome na história, como fizeram Andi Deris e Brian Johnson. E quando não se tornaram ícones em suas bandas, ou ficaram por pouco tempo, foi o suficiente para erguer sobremaneira suas carreiras, como ocorreu com Dio e Coverdale.

As pessoas parecem que se acostumam com o que gostam, e tendem a “paralisar” no tempo, não aceitando nada de diferente. E como sabemos, vocais não são iguais, muito menos parecidos. Daí, quando alguém deixa uma banda, cria-se aquela expectativa para saber quem poderia “substituir à altura”o anterior. E quando os fãs ouvem o novo vocal, percebem que as semelhanças com o anterior são poucas, e detonam o cara.

Aí vem aqueles malditos argumentos de todo típico fã imbecil, onde “o cara não agüenta tal nota”, “ o cara não tem a pegada do anterior”, e algumas imbecilidades incríveis, como “o cara não canta nada”, “o cara ta estragando a banda”.

É bem verdade que alguns deles têm a extrema infelicidade de lançarem péssimos álbuns, como ocorreu com Bayley, no “Virtua XI”, e com o excelente Gary Cherone, ao entrar no Van Halen, e lançar o mediano “Van Halen 3”. Daí, além de sentirem saudade de anterior, os fãs ainda enlouquecem por não terem em suas mãos mais um clássico como esperavam.

O mais incrível é que via de regra comentamos sobre alguns dos maiores nomes do rock. 90% dos citados cantam absurdamente bem. Os outros pelo menos são muito competentes. Eu mesmo tive o prazer de assistir quatro shows do Helloween com Andi Deris nos vocais, e posso afirmar que o cara canta pra caralho! Eu nunca vi um cara cantar tanto! Não importa se ele não atinge o maldito tom de Michael Kiske, ele tem o modo dele de cantar, e o faz de maneira excelente. E para melhorar, ainda dá sua cara para as músicas da fase Kiske.

O mesmo posso afirmar de Derick, do Sepultura. Todas as vezes que presenciei a banda, não há do reclamar. Ele consegue fazer aquele vocal vomitado do Max, e ainda colocar coisas novas dentro das melodias do Sepultura. Não deixa nada a dever em relação ao seu anterior.

Um caso um pouco diferente podemos dizer sobre Edu Falaschi. Eu assisti a dois shows do Angra. O cara dá umas desafinadas grosseiras de vez em quando, porque ele ainda insiste em copiar o tom de André Matos, esquecendo de cantar como ele mesmo. Mas, mesmo assim, acho os álbuns que ele fez com o Angra excelentes, e seu estilo de vocal é algo bastante agradável aos meus ouvidos. Ouvindo ele cantar suas músicas ao vivo, assim como as antigas de tons mais baixos, da pra perceber que ele é muito bom, precisando apenas de alguns ajustes para colocar seu nome definitivamente na história do heavy metal. E pelo que percebo, este detalhe vem com o nome de “Almah.

O fato é que, apesar de estarmos dentro de um estilo musical que prega a liberdade e a quebra de fronteiras, a busca pelo novo, a possibilidade de ser você mesmo o tempo todo, ainda vemos muitos dos fãs viverem um mundo conservador e cheio de barreiras. As pessoas se impõe limites absurdos, e depois têm dar o braço a torcer, com aquele “é, até que ele canta legalzinho”, tudo porque não conseguem esperar com mais paciência, conhecer primeiro o que irão ouvir, e não se fixarem em malditos modelos pré definidos.

Ai vem as malditas comparações entre estilos, o que é melhor (o antes ou o depois), etc. Um monte de gente ignorante que deixa de curtir uma ótima música porque a banda abandonou o modelo que a consagrou. Isso quando a pessoa curte o novo, mas tenta mostrar para o mundo que sua pose de “headbanger” não permite que ele afirme isso.

Às vezes parece que esse público ainda é meio crianção demais...

E coitado do novo vocalista do Aerosmith.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A cultura de massa

Depois de alguns meses na academia de musculação, percebi que fica cada dia mais fácil você aumentar a carga de peso em cada um dos exercícios. O que parecia impossível no começo vai ficando cada dia mais tranqüilo, e quando você vê, está pegando peso que nunca tinha sonhado.

Pelo status, é um barato: você erguer 80kg com o bíceps e ver que as pessoas admiram é lindo! O problema é que o objetivo que toda pessoa ajuizada começa a fazer academia vai por água abaixo.

Comecei porque estava parecendo um robô enferrujado, com dores nas articulações, baixa resistência e já estava em um grau elevado de pressão alta. Daí achei que era hora de perder uns bons quilinhos, e voltar a cuidar da minha saúde.

Eu lembro que no começo corria feito um louco, fazia mais uma pancada de bicicleta, pegava pouco peso, com muitas repetições e não me cansava demais. Achava um barato. Podia estar morrendo de sono, preguiça e cansaço, era começar o treino, que eu começava a me sentir bem pra caramba. Em pouco tempo, emagreci, minha disposição melhorou absurdamente e tinha mais vontade pra tudo.

Mas o tempo foi passando, e eu fui “tentando mais”, aumentando peso, crescendo, e conseqüentemente, tendo mais necessidade de comida. Posso até dizer que estava com uma forma física bem interessante. Mas a maldita barriguinha parou de sumir, e começou até a crescer. Eu comecei a cansar muito mais, e encher o saco na academia.

Tive que parar por causa de dois concursos importantes, e o resultado foi uma verdadeira explosão: eu voltei a engordar mais do que gostaria. E olha que não mudei meus hábitos alimentares, e até continuei caminhando e correndo sempre que possível. Mas meu metabolismo já estava aceleradíssimo.

Tentei mais uma vez: voltei para a academia, mas desta vez sem vontade. Aí um dos instrutores tentou novamente me convencer que eu deveria dar importância para a aquisição de músculos, para que eles tomassem lugar da gordura, sendo que eu deveria desprezar a balança, e pensar em medidas. O mesmo papo de sempre.

Parei uma semana por causa do Saresp, e voltei, com aquela má vontade. Só que foi o momento em que sorte sorriu pra mim: o instrutor mudou. O que entrou agora apresentou-me uma situação totalmente diferente para a perda de peso: o mesmo exercício imposto a atletas de esportes coletivos, como o futebol, com muita caminhada, corrida (cerca de uma hora e vinte minutos) e uma série de musculação com peso leve, e seqüência bem rápida, como um circuito, e sem muito tempo para descanso.

Não é que melhorou? Hoje foi o primeiro dia em muitos que tive prazer em treinar. Não parei pra descansar um minuto completo, fiz todo o circuito sem me entediar, e ainda por cima sai com um ótimo ânimo da academia.

Por que será que temos essa maldita mania de cultuar o corpo e força física? Em pouco tempo nos esquecemos da nossa saúde e de todos os motivos que levam uma pessoa à prática do esporte. Tudo por uma falsa sensação de poder inútil, que não leva a lugar algum. E pra mim é pior ainda, porque nem interessado em “pegar” ninguém eu estou, e minha noiva não liga muito para esse tipo de coisa, de ficar “bombado”.Então eu não tenho qualquer motivo para seguir essa estupidez. E mesmo assim, fui estúpido....

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Falta de respeito

Acabo de perceber que meu boleto de aluguel adiciona o valor cobrado do boleto bancário. Nunca tinha percebido por causa do IPTU, que vem adicionado. Sei que no boleto que pago da prestação da casa também vem.

Liguei e me informei no Procon, e eles disseram que é ilegal. As empresas afirmam que está no contrato. Só esquecem que o contrato de maneira alguma supre a lei.

Devemos rir ou chorar pelo fato das empresas quererem toda hora botar no dos clientes? Que raio de respeito é esse?

E eu fico ainda mais puto da vida, porque sou o tipo de pessoa que paga tudo antecipadamente, não atraso um único dia, cumpre regularmente e criteriosamente toda minha parte, e mesmo assim os caras querem dar uma de espertos. É brincadeira isso.

Mas acho que ainda não temos nada nem ninguém que consiga a proeza de superar a Telefônica. Se existe uma empresa que eu tenha um profundo nojo na vida, esta é a empresa de telefonia mais famosa do país, sabe-se lá quantas vezes campeã de reclamações no Procon. Acho que eles devem se orgulhar pela manutenção ininterrupta do título.

Os caras inventam ligações que não fizemos, cobram chamadas que não foram concluídas para celular, e não há reclamação que os faça aceitar e corrigir o erro (posso assegurar que a empresa que contratei hoje corrige tal erro). A banda larga é um lixo daqueles de fazer com que você esmurre o computador num acesso de raiva animalesco. Tudo para estragar seu dia.

Mas o que eu não entendo é como nossas autoridades permitem estas aberrações constantes, e nosso povo ainda aceita isso como se fosse uma coisa normal. Estamos tão acostumados com essa merda que perdemos a capacidade de nos indignarmos.

Querem nos ferrar

Eles aprovaram o fim do 13º salário. Os mesmos malditos de sempre, PSDB, DEMO, PMDB, etc.... estão aos poucos tirando nossos direitos como trabalhadores.

Eu lembro que uma vez meu tio me falou que a tendência era que a CLT acabasse como um todo. Não teríamos mais relações trabalhistas, nem salário fixo todo mês. Haveria somente contratos temporários e esporádicos.

Naquela época eu era um adolescente, com pouco conhecimento político. Hoje eu tenho toda consciência do mundo que se isso ocorrer, viveremos uma tragédia incomparável na história deste país.

Pode ser que o certo seja acabar com estas leis. Mas como podemos tirar os direitos, sem dar nada em troca? As empresas reclamam da alta carga tributária que têm para pagar salários, e querem que quem pague a conta sejam os trabalhadores. Não cobram do governo.

As mesmas empresas reclamam dos altos encargos para demitir um trabalhador, mas não mencionam que existem somente para o lucro, e se não fossem tais direitos, iriam se livrar das pessoas como se fossem coisas, sem dar-lhes nada pelo tempo que desperdiçaram trabalhando para tais empresas.

Nós, como trabalhadores, temos que cumprir jornadas estafantes, e olha que parto que tem sido para diminuir quatro horas por semana! Ainda assim, os salários aqui neste país são dos mais baixos. Para muitos de nós, nem a moradia temos. Eu, por exemplo, tenho que pegar parte do meu salário para pagar aluguel para morar, pois nosso governo não cumpre o que estabelece a nossa Constituição, me garantindo a moradia.

O mesmo governo deveria me dar um sistema de saúde decente, mas não faz isso. Por isso tenho que pegar mais uma parte do meu salário para pagar um convênio médico que me garanta um mínimo de qualidade quando minha saúde não estiver das melhores.

Também preciso comer, como qualquer pessoa. E para isso, preciso pagar os altos impostos que o governo cobra na hora de vender a comida. E isso é uma coisa que vai dinheiro! Preciso pagar pela água que eu bebo, pela luz que utilizo todos os dias (e eita coisinha cara essa!). Pago para usar o telefone (tudo bem, às vezes eu exagero, mas deveria pagar da mesma forma). Tudo isso continua saindo meu salário, porque o governo não faz a sua parte.

Eu comprei meu apartamento. Tive que ralar e abrir mão de muita coisa, como deverei continuar fazendo enquanto o pagar. Eu tive que usar meu dinheiro, juntamente com minha noiva para adquirir este bem. Mesmo assim, vou ter que pagar imposto para o governo para que ele não me tome o que é meu por direito. Da mesma forma que minha noiva, que comprou seu carro, e tem que pagar para o governo para que o mesmo não tome o que é dela. Mas as estradas estão em boas condições? Se ela quebrar o carro por causa de um buraco o governo vai fazer jus ao que cobra pelo seguro obrigatório, e ressarci-la?

E a educação? Será que os profissionais desta área são bem pagos? Será que o povo recebe uma educação de qualidade pelos impostos que paga? Será que temos cidadãos formados na escola? Será que a nossa segurança é compensada pelos altos impostos que pagamos, utilizando para isso o nosso salário? Você tem segurança para ir a qualquer lugar, a qualquer hora?

E mesmo o governo não fazendo praticamente nada da sua parte, ele quer nos tirar os direitos. O pouco que temos, deve ser tirado. Em breve, não haverá direito a nada, se estes seres continuarem a nos governar. Vamos continuar pagando pela incompetência e pela inconstitucionalidade de nossos governantes, mas teremos cada dia menos meios para isso. Não haverá segurança financeira, nem poder econômico.

Tudo porque a maior parte de nossos governantes são realmente a raça mais lamentável que pode existir neste planeta, e porque a maior parte das empresas que constitui este país são empresinhas de merda, que fazem com que a corda continue estourando para o mais fraco, se esquecendo que estes mais fracos em sua maioria serão o seu público consumidor, sem inteligência para entender que eles cavam a própria sepultura.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A razão

Dá última vez, foi quase como doença. Eu respirava por aquela garota. Não conseguia me ver sem ela. Era uma obsessão inexplicável e injustificável. Mesmo eu vendo e sabendo que estava indo em direção ao abismo, não conseguia parar. Era uma loucura, era algo doentio, que me dominou como se eu fosse um fantoche. Era uma doença degenerativa e terminal. E mesmo após ser curada, deixou muitas marcas. A ferida que ficou no coração parecia que jamais iria cicatrizar. A dor não podia ser esquecida, e ela trouxe o medo. Até mesmo um desejo maluco de vingança, que insistia em me dominar.

Mas aos poucos, você apareceu. Parecia apenas mais uma. Eu nem ligava muito. Não tinha muitas esperanças de que alguma coisa realmente positiva saísse dali. Eu nem te conhecia direito.

As coisas eram diferentes. Eu estava frio como uma pedra de gelo. Por mais que você demonstrasse, eu demorava para te deixar entrar. Eu criei centenas de barreiras, que geraram brigas. Eu não tinha certeza do que você era capaz de fazer por mim.

Por muitas vezes eu cheguei mesmo a duvidar. Achei que éramos diferentes demais. E você também tem um geniozinho maldito, hein?

Mas em cada passo eu fui sentindo cada dia mais firmeza. Não era doentio. Eu sinto saudade de ouvir a sua voz a cada segundo, mas consigo viver a minha vida quando você não está por perto. Eu quero você por perto sempre, mas sinto também alegria quando você não pode estar comigo.

Viver ao seu lado é algo único. Saber que estaremos juntos sempre, mesmo que estejamos separados. Saber que eu posso confiar em você, e não preciso ficar preocupado cada vez que você resolve ver algum amigo ou amiga, pois conheço seu caráter. Posso ficar tranqüilo quando quiser ver os meus amigos, pois sei que você também confia em mim.

Com você aprendi o que é um amor de verdade, quando uma pessoa só faz o bem para a outra. Quando temos liberdade para sermos quem somos o tempo todo, pra vivermos a nossa vida, e mesmo assim, queremos viver a vida em todos os momentos um ao lado do outro. Te amar é o mesmo que poder viver uma vida inteira em um dia, e saber que não precisarei esconder um único detalhe de você. E saber que você fará o mesmo.

Amar você é saber que você é absolutamente tudo o que eu sempre sonhei, que não preciso de mais nada além do que você pode oferecer. Amar você é sentir o tempo todo que o que faltava está completo.

Nada que seja doentio ou possessivo. Nada que prejudique. Não há nada em nós que causa desconfiança. Nada que traga raiva ou brigas o tempo todo. Não há desprezo, ou provocações. Há problemas, como todos têm. Momentos mais complicados, mas tudo causado pela maneira como encaramos as coisas, não por barreiras que impomos deliberadamente.

E com toda certeza, não há absolutamente nada que substitua isso que sentimos um pelo outro. Esta é a razão pela qual eu te amo acima de todas as coisas, podendo afirmar que jamais senti algo parecido por alguém, e que você é a mulher da minha vida, Vanessa Alves Vieira!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As pessoas mudam

De tempos em tempos (tempos curtos, por sinal), me lembro de como eu era. Por alguma razão, algumas pequenas tragédias não saem da minha cabeça. Ainda é vivo pra mim o momento em que eu estava fascinado pela morte. Os momentos em que a vida não valia nada. Os momentos em que não havia nenhum sentido. Eu ainda consigo me lembrar, como se fosse hoje, o gosto da morte.

Consigo me lembrar daqueles momentos em que a família estava ruindo e enlouquecendo. Lembrar do momento em que nada dava certo. Lembrar do momento em que tudo parecia um grande fracasso. Era um grande e interminável vazio.

Mas consigo me lembrar com ainda mais intensidade das lágrimas e do desespero de todos. Consigo me lembrar o quanto as pessoas podem sentir a sua falta, mesmo sem você estar longe. Só com uma possibilidade, parece que a cabeça das pessoas vira como um tornado.

Eu consigo lembrar que em um determinado momento você tem que fazer uma escolha. Você deve escolher se vai aceitar a derrota como um verdadeiro perdedor, ou se você vai vendê-la o mais caro que você puder. Ali você escolhe se você passará como uma brisa de verão, ou se irá escrever o seu nome de maneira que nenhuma catástrofe poderá apagá-lo.

E neste momento você percebe que o destino está somente nas suas mãos. Você percebe que tem, em qualquer que seja o momento, a chance de mudar o rumo da sua vida. Percebe que os passos dependem de você. Você entende que pode ser mais forte que qualquer sentimento; que pode vencer qualquer vício; você pode superar qualquer fracasso. Você pode mudar a maneira de enxergar a vida.

Eu sou a prova viva de que as pessoas mudam. Elas têm o poder de alterar totalmente a história de suas vidas. Algumas vezes, como foi o meu caso, é preciso chegar ao fundo do poço para entender isso. Mas nunca será tarde demais. Todos merecem e têm uma segunda, terceira, quarta, e quantas mais forem necessárias, chance.

A maior parte das pessoas ainda não conseguiu entender que somente um fraco põe a culpa de seus fracassos nos outros, e os mais fracos ainda acreditam que nasceram de uma maneira, irão morrer do mesmo jeito. E sinceramente, não acredito, de maneira alguma, que as pessoas sejam fracas o suficiente para aniquilarem suas vidas por medo de tentarem fazer tudo certo. Todos têm a força que precisam dentro de si, mesmo que essa força pareça bem lá no fundo.

O mundo muda: o modo de viver das pessoas muda; a paisagem muda constantemente; as idéias mudam; as roupas mudam; os carros mudam; o que é socialmente aceitável muda numa velocidade alucinante; os animais que habitam a terra mudam; o seu humor muda, várias vezes durante um mesmo dia; o que você realmente considera importante na sua vida, pode mudar (e quem vai dizer que isso nunca aconteceu?).

Não há como negar que a vida é uma eterna mudança. O tempo todo, sem parar. E eu acredito que este seja o grande barato de viver. Nós nunca estaremos entediados o suficiente para não vivermos algo novo. A vida nunca será parada o suficiente para nos matar. Tudo está em movimento. Mesmo sendo uma frase religiosa, o que podemos ver, é que a vida sempre dá um jeito.